LIVREIRO MONASTICON
LIVROS & Preciosidades - ARTE & Antiguidades
19 março, 2024
18 março, 2024
1.ª edição.
Livro de culinária, publicado nos primeiros anos da segunda década do século XX.
Índice:
- Serviço de meza. - Potagens, caldos e sopas. - Môlhos. - Carnes: Vaca; Vitela; Carneiro; Porco; Coelho. - Aves. - Peixe. - Pratos diversos. - Doces. - Conservas. - Indicações geraes. - Chá, café e chocolate.. - Como se preparam as côres.
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas frágeis, oxidadas, com defeitos e pequenos rasgões (sem perda de papel).
Raro.
35€
17 março, 2024
1.ª edição.
Curiosíssimo manual de instruções para aplicação prática de técnicas de hipnotismo com o objectivo de "pôr e dispor" dos participantes, isto é, de os colocar em estado hipnótico, nas mais variadas acções/posições.
16 março, 2024
1.ª edição.
Tese de doutoramento do notável professor e jurista bragançano Cavaleiro de Ferreira.
"A natureza está sujeita a leis eternas e invioláveis. O homem faz excepção a esta regra. Sendo um ente racional, intervém na formação das suas leis; e em virtude dêsse insigne privilégio, a sua subordinação a essas leis não tem a fôrça irresistível dos fenómenos naturais. Tem até a possibilidade de as violar.
Assim sucede com o direito, como regra que é de conduta entre os homens.
Para que os preceitos jurídicos alcancem acatamento e normal efectivação têm, portanto, de organizar a sua própria defesa, a defesa do direito pelo direito, quer evitando a criação ou continuação das circunstâncias favoráveis à prática dos actos contrários à ordem jurídica, quer reprimindo com sanções adequadas as violações efectivas.
Assim surge a teoria dos actos ilícitos, e a do crime como sua subdivisão. [...]
Dada a natureza eminentemente social do homem, vulgarmente se associa, combina, acorda com os demais para prossecução dos demais dos próprios interesses. E esta cooperação, que se verifica no domínio da actividade lícita. Os homens também em número plural podem concorrer e não raras vezes concorrem para a prossecução de interesses antijurídicos tornados comuns.
E se o interesse lesado é bastante grave para que a ordem jurídica sancione a sua ofensa como uma pêna, constituindo a actividade que a efectiva, por isso, um crime, o concurso de vários agentes toma um aspecto especial na vida do direito, forma uma instituição cujo estudo neste trabalho se empreende."
(Excerto da Introdução)
Índice:
Introdução. I - O Instituto da Participação Criminosa e a Unidade do Crime: 1) Unidade de violação jurídica; 2) Unidade do evento; 3) Unidade do facto; 4) A teoria de Manzini: a cumplicidade, crime distinto; 5) A natureza do crime e o instituto da participação criminosa; 6) A nossa legislação. II - Co-autoria material: 1) Acção e crime; 2) O elemento material do crime do co-autor; sua definição em função da casualidade; 3) Continuação; a acção típica; Beling; Mezger; Zimmerl; 4) Continuação; a nossa opinião; 5) Crimes de participação necessária; 6) As qualidades pessoais do co-autor; 7) O interesse do agente na co-autoria; 8) O elemento subjectivo na co-autoria; 9) Condições do crime; a pêna. III - A autoria moral: 1) Conceito de autoria moral; a natureza acessória da participação; 2) O elemento objectivo do crime do autor moral; 3) o «excessus mandati»; 4) As qualidades pessoais do autor moral; 5) Elemento subjectivo; 6) O facto do executor como condição de punibilidade; a pêna. IV - A cumplicidade: 1) A distinção entre autoria e cumplicidade; 2) Elemento objectivo de cumplicidade; 3) Elemento subjectivo de cumplicidade; 4) O facto do autor material; a pêna. 5) Concurso de diversas formas de participação.
Manuel Gonçalves Cavaleiro de Ferreira GCC (Parada - Bragança, 1911 - Lisboa, 1992). "Foi um professor de Direito e jurisconsulto português. Licenciou-se com 19 valores, na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, em 1932, onde obteve o doutoramento, em 1933. Foi nomeado procurador da República junto do Tribunal da Relação do Porto, em 1939, e contratado como professor auxiliar da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, em 1940. Ascendeu a professor extraordinário de Ciências Jurídicas, em 1943, e a professor catedrático, em 1944. Destacou-se sobretudo no ensino do Direito Penal, ramo em que influenciou a doutrina jurídica e assinou várias obras. Foi ministro da Justiça do Governo de António de Oliveira Salazar, de 6 de setembro de 1944 a 7 de agosto de 1954. Nessa qualidade foi responsável pela reforma prisional, pela regulamentação do Habeas Corpus e pela construção de diversos tribunais, não obstante a falta de meios. A 1 de Agosto de 1953 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo. Em 1972 seria um dos fundadores da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa, onde leccionaria até ao fim da sua carreira. Na sequência do 25 de Abril de 1974 foi saneado da Universidade de Lisboa, viajando para o Brasil, onde regeu uma pós-graduação em Filosofia do Direito, entre 1976 e 1977, na Universidade Federal de Pernambuco. O seu corpo encontra-se sepultado no jazigo da família, no Cemitério de Bragança."
(Fonte: Wikipédia)
Exemplar brochado, por aparar, em bom estado de conservação.
Raro.
75€
15 março, 2024
14 março, 2024
13 março, 2024
1.ª edição.
Ilustrada com um mapa desdobrável separado do texto.
"Os portugueses não têm, pelo Poder Naval, a consideração que merece. Não falo de alguns, raros, que sabem muito bem o que querem e o que fazem. [...]
A Marinha é uma arma com que o povo simpatiza; mas simpatiza por simpatizar. Nada o orienta sôbre as suas necessidades e os serviços que dela pode exigir.
Parece oportuno fazer esta publicação. O momento internacional chama a atenção de todos, para os problemas da guerra. A reünião de um certo número de elementos históricos e estratégicos habilita muitos que não têm as línguas estrangeiras, a compreenderem melhor o conflito diplomático entre as nações.
Está-se travando uma luta pelo Poder Naval."
(Excerto do prefácio)
Índice:
Cap. I - O poder naval até ao século XX. Cap.II - No século XX até à Grande Guerra. Cap. III - Na Grande Guerra. Cap. IV - Depois da Grande Guerra. Cap. V - Como se luta hoje.
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação.
Muito invulgar.
20€
12 março, 2024
11 março, 2024
1.ª edição.
Homenagem a Bento Roma, insigne militar português, que se distinguiu em combate nas campanhas do sul de Angola, em 1915, e, mais tarde, a partir de 1917, em França, integrando o Corpo Expedicionário Português.
Livro muito ilustrado com fotogravuras em folhas intercaladas no texto.
"Há indivíduos que a morte faz desaparecer, sem que, da sua efémera passagem por este mundo, fique qualquer rasto por onde se verifique que a sua existência não foi inteiramente inútil para a sociedade em que viveram. Outros há que, pelo contrário, deixaram vestígios fundos de que, em sua vida, longa ou curta, alguma coisa de útil fizeram em prol da Humanidade ou, pelo menos, da Pátria a que pertenceram.
Inclui-se neste último grupo o grande Português que em vida se chamou Bento Esteves Roma."
(Excerto do Prefácio)
"Bento Roma, que era o comandante da primeira companhia, quis ir comandar os seus serranos do Marão e compartilhar com eles dos perigos e das vicissitudes da luta nas trincheiras, desprezando as comodidades e a segurança do seu aboletamento à retaguarda.
Foi promovido no lugar de 2.º comandante do batalhão, onde revelou excepcionais qualidades de dirigente e condutor de soldados.
Ali, a ordem e a disciplina eram perfeitas, e nenhum subordinado deixava de cumprir os seus deveres perante a presença constante, rígida e austera do Capitão Bento Roma.
Entretanto, chega o 9 de Abril, e o bombardeamento de artilharia do adversário, que foi um dos mais intensos e devastadores da primeira Grande Guerra, desorganiza as comunicações e as ligações com o Comando da Brigada, deixando o 13 entregue aos seus próprios destinos.
O Capitão Bento Roma não esmorece: multiplicando-se em actividade, dispõe as tropas para o combate, e Ele próprio dá-nos o formidável exemplo de desprendimento pela vida, subindo ao parapeito, debaixo da chuva intensa de estilhaços de granada, no momento em que os soldados têm que deixar os entrincheiramentos para avançar, em terreno raso, ao encontro do inimigo.
A luta no Reduto de Lacouture é titânica, e aquele pequeno núcleo de portugueses, envolvidos pela avalanche germânica, resiste, durante 31 horas, ao apertado cerco, só se rendendo depois de esgotamento total das munições. É o maior exemplo de como os soldados portugueses sabem combater, quando têm chefes da têmpera de Bento Roma!
Parte para o cativeiro da Alemanha, de fronte erguida, e suporta, com estoicismo e dignidade, a fome e as misérias da vida do prisioneiro de guerra."
(Excerto da alocução do Dr. Sá Vieira)
Índice:
Prefácio. | I - Solenidades realizadas. A) Em Lisboa. B) Em Vila Real de Trás-os-Montes. C) Em Chaves. D) Em Angola. E) Em França. | II - Artigos comemorativos publicados na imprensa. [Seguem-se 15 artigos]. | III - Outras manifestações. [De personalidades civis, eclesiásticas e militares].
Bento Esteves Roma (1884-1953). "Natural de Chaves. Foi um militar português. Assentou praça, como voluntário, no Regimento de Cavalaria n.º 6, a 5 de Agosto de 1903 e, até 1906, tirou as preparatórias na Universidade de Coimbra e nas Escolas Politécnicas de Lisboa e do Porto. Frequentou a Escola do Exército, entre 1906 e 1909. Foi promovido a alferes, em 1909, atingindo o posto de coronel, em 1933. Depois de prestar serviço em várias unidades no continente, participou no combate às incursões monárquicas. Foi mobilizado para Angola em 1912, onde permaneceu até ao ano seguinte, tendo comandado o posto de Binde, no distrito de Benguela e posteriormente o de S. João do Pocolo. Em 1915, participou nas campanhas militares do sul de Angola. Regressou em 1916, sendo enviado a França para preparar a participação portuguesa na frente ocidental, junto das forças inglesas. Foi para a Flandres com o C.E.P., no qual se destacou por actos de bravura. Foi feito prisioneiro, na Batalha de La Lys, a 9 de Abril de 1918, e libertado depois do Armistício. Comandou a companhia portuguesa na parada da vitória no 14 de Julho, em Paris. No pós-guerra, organizou e instalou, em Tancos, a Escola de Instrutores de Infantaria, com o objectivo de preparar grupos de instrutores para as escolas de recrutas. Entre 1920 e 1923, foi governador dos distritos de Cubango, Lunda, que acumulou o com o de governador interino de Moxico. Foi neste período que consolidou a ocupação de todo o território, em operações militares, numa das quais foi ferido. A 5 de Fevereiro de 1922 foi feito Comendador da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito. Exerceu ainda o cargo de governador do distrito da Huíla, e, em 1930, ocupou o cargo de Governador-Geral de Angola de 31 de Março a 3 de Julho de 1930, pedindo nesta data a sua demissão. Em 1929, entrou ao serviço da Companhia de Moçambique onde prestou serviço até 1933, data em que regressa definitivamente a Portugal. A 5 de Outubro de 1932 foi feito Grande-Oficial da Ordem do Império Colonial. É, então, nomeado sub-director do Instituto Feminino de Educação e Trabalho, actual Instituto de Odivelas, tendo ocupado o cargo até 1938. Em 1949, apoiou a candidatura do General Norton de Matos à Presidência da República, fazendo parte da sua Comissão Central. Faleceu em Lisboa, a 23 de Dezembro de 1953."
(Fonte: Wikipédia)
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capas ligeiramente manchadas, com pequenos defeitos.
Invulgar.
25€
10 março, 2024
09 março, 2024
08 março, 2024
07 março, 2024
06 março, 2024
05 março, 2024
MAIA, Berta - AS MINHAS ENTREVISTAS COM ABEL OLIMPIO "O DENTE DE OURO". Paginas para a historia da morte vil de Carlos da Maia, republicano - combatente de 5 de Outubro -. Lisboa, [s.n. - Composto e impresso na Ottosgrafica - Lisboa], 1928. In-4.º (23x17,5 cm) de 64 p. ; B.
1.ª edição.
Berta
Maia, viúva de José Carlos da Maia - uma das vítimas da madrugada de 19
de Outubro, que para a história ficaria conhecida pela "Noite
Sangrenta" - empenhou-se viva e corajosamente na busca da verdade:
quem e porquê tinham sido os mandantes dos crimes, tendo para o efeito
entrevistado na prisão Abel Olímpio - «o Dente de Ouro» - cabo da
marinha, líder da "camionete fantasma" - responsável identificado pelo
morticínio.
Ilustrado com fac-símiles dos Autos referentes às declarações de vários dos envolvidos neste processo "Noite Sangrenta".
"No
dia 19 de outubro de 1921, eclode uma revolta militar sob o comando do
coronel Manuel Maria Coelho, antigo revolucionário do Movimento
Republicano de 31 de Janeiro de 1891. O chefe do Governo, António
Granjo, apresenta a demissão, mas o Presidente da República, António
José de Almeida, não nomeia um novo executivo.
Neste ambiente de
impasse, na noite de 19 para 20 de outubro, um grupo de civis e
militares, liderado pelo cabo marinheiro Abel Olímpio, conhecido por O
Dente de Ouro, conduz os acontecimentos da designada Noite Sangrenta.
Uma
camioneta – a "camioneta-fantasma" – percorre Lisboa em busca de
diversas figuras do regime republicano, que, forçadas a entrar no
veículo, são posteriormente executadas. Na Noite Sangrenta são
assassinados, entre outros, o Primeiro-Ministro, António Granjo, e dois
protagonistas da Revolução de 5 de Outubro de 1910, Machado Santos e
Carlos da Maia."
(Fonte: https://www.parlamento.pt/Parlamento/Paginas/noite-sangrenta.aspx)
"Tu, meu filhinho, ficaste órfão aos seis mezes, toda a tragedia se
desenrolou á tua vista e tu sorrias, sorrias sempre! Deus Meu! Pensei
que um dia a tua alma estimaria lêr estas páginas, escritas por tua Mãe,
sem odios, sem gritos de vingança, e então uma lágrima rolaria pela tua
face, serena, sem revoltas, amparado á cruz de Cristo, forte, altivo na
tua dôr, orgulhoso de teu Pae!"
(Excerto de Porque escrevi este livro)
"Um
mez e dias depois da morte do meu marido adorado, - estava eu prostrada
no leito numa grande agonia, - trouxeram-me um cartão de visita: era da
policia, do director Barbosa Viana, convidando-me a ir o Governo Civil.
Levantei-me e fui. O Dr. Barbosa Viana escondeu-me numa sala e, sentada
junto duma porta de vidro, foi-me possivel perceber o que se passava na
sala contigua. Ouvia, não via, parecendo-me conhecer a voz de quem
procurava defender-se. Eu tremia num desespero louco, ouvindo falar no
que se passara em minha casa. Uma voz nega a celebre frase que lhe
recordam:
- Então tu não disseste em cada de Carlos da Maia - «ele
tambem não teve dó de mim, mandou-me para a Africa a ganhar 10 réis por
dia e minha mãe morreu de dôr»? És capaz de manter essa negativa diante
da viuva? Conhece-la?
- Sim, - respondeu.
A porta abre-se, e eu
vejo o marinheiro cujo olhar terrivel e me gravara pra todo o sempre.
Atiro para longe o chapeu e digo-lhe:
- Conheces-me? Olha bem para mim. Não me deste tiros, mas vê bem que eu sou um cadaver!
O
Dr. Barbosa Viana agarra-me com força, pela frente, no momento em que
tento avançar para o assassino, obriga-me a sentar num sofá, sofocada.
Então, aquele homem frio, que dir-se-ia de gelo em minha casa, com uma
lagrima nos olhos, fixando-me, diz:
- Esta senhora é a unica pessoa que me pode acusar..."
(Excerto de Depois da tragedia - No Governo Civil)
Matérias:
Dedicatoria. | Porque escrevi este livro. | Depois da tragedia: No Governo Civil; Na Prisão da Junqueira. | Depois da condenação do Abel Olimpio: Na Penitenciaria de Coimbra - Primeira entrevista; Segunda entrevista; E o Abel falou - Terceira entrevista. | O Snr. Virgilio Pinhão em minha casa. | Os autos [Fac-símiles].
Exemplar em bom estado geral de conservação. Capas oxidadas.
Invulgar.
Com interesse histórico.
30€
04 março, 2024
1.ª edição.