31 maio, 2013

DAVIES, E. F. - FINANÇAS DA GRÃ BRETANHA E DA ALLEMANHA. Londres, Jas. Truscott & Son, Ltd., 1916. In-8º (18cm) de 63, [1] p. ; il. ; B.
Ilustrado com dois desenhos a p.b.
A Grande Guerra sob o ponto de vista financeiro. Análise comparativa da situação financeira das duas potências beligerantes - a Inglaterra e a Alemanha -, com interesse acrescido porque produzida e publicada em pleno conflito armado.
Matérias abordadas:
- Uma Comparação. - Situação Actual da Allemanha. - Emprestimos da Allemanha. - Os Emprestimos da Inglaterra. - As affirmações do Dr. Helfferich [Ministro das Finanças alemão]. - Exaggerações. - A unica esperança da Allemanha. - Sem elementos para velhacaria. - Espantoso commercio de exportação. - Cambios Estrangeiros. - O Credito na America. - Os contribuintes alegres. - A Situação Financeira. - Os cambios e o que elles demonstram. - O ouro em relação ás notas do Banco da Inglaterra e do Banco Imperial da Allemanha. - O Ouro. - Impostos. - Importações e exportações da Grã Bretanha. - Analyse do Anno de 1915. - A Situação Depois da Guerra.
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capas oxidadas.
Raro.
10€

30 maio, 2013

MACHADO, Teixeira – DEUS, PATRIA, REI. Com uma carta-prefacio de Ramalho Ortigão. Lisboa, [s.n.] - Composto e Impresso na Tip. d’A Modesta, 1914. In-8.º (20,5cm) de 240 p. ; B.
1.ª edição.
Obra dedicada pelo autor à “Excellentissima Senhora Dona Constança Telles da Gama”.
Visão romanceada dos conturbados primeiros anos de República por um simpatizante da causa monárquica.
“O auctor, apresentando esta obra ao publico, não pretende mais que lavrar o seu veemente protesto contra o desvairamento demagogico de que se tomaram os cerebros de uns quantos, depois do victorioso bamburrio de Outubro de 1910."
(excerto da introdução)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Conserva a cinta de papel original com a indicação “um livro inesperado”.
Raro e muito curioso.
Indisponível

29 maio, 2013

CALDAS, José - HISTORIA DE UM FOGO-MORTO (subsidios para uma historia nacional) : 1258-1848. Vianna do Castello (Fastos politicos e militares). Porto, Livraria Chardron, 1904. In-8º (18cm) de LXXVIII, 563, [3] p. ; il. ; B.
1ª edição.
Contém mapa de Viana do Castelo medieval - "Plano da antiga Villa de Vianna" - e respectiva legenda.
Monografia vianense com grande interesse histórico e regional.
José Ernesto de Sousa Caldas (1842-1932). "Nasceu em Viana do Castelo a 28 de Novembro de 1842. Escritor e publicista, realizou estudos de forma autodidacta, tendo sido nomeado, em 1861, amanuense da Repartição de Fazenda do Distrito de Viana do Castelo e promovido, em 1876, a aspirante de 1.ª classe. Logo após a implantação da República foi nomeado director-geral dos Negócios Eclesiásticos (1910-1916). Ainda chegou a ser designado ministro plenipotenciário em Roma, mas não chegou a tomar posse do cargo. Dedicou-se aos estudos clássicos, ao jornalismo, à História e à Arqueologia. Morreu a 3 de Agosto de 1932."
Encadernação editorial inteira de percalina com dourados gravados a ouro nas pastas e na lombada.
Exemplar em bom estado de conservação. Ausência da f. rosto.
Invulgar.
Indisponível

28 maio, 2013

OSÓRIO, D. Jerónimo – CARTA À RAINHA DA INGLATERRA. Introdução de José V. de Pina Martins. Crítica e modernização do texto, tradução e notas de Sebastião de Pinho. Lisboa, Biblioteca Nacional, 1981. In-4º (24cm) de 249, [5] p. ; il. ; B. Colecção Autores Clássicos
1ª edição.
Capa de Fausto Rocha
Tiragem: 1000 exemplares.
Contém fac-símile da edição em latim.
Edição sob os auspícios do Comissariado para a XVII Exposição Europeia de Arte, Ciência e Cultura do Conselho da Europa.
“A Epistola Hieronymi Osorii ad Serenissimam Elisabetam Angliae reginam, publicada pela primeira vez na bela e rara edição de 1562, que agora se reproduz anastaticamente e se verte em português também pela primeira vez, circulou pela Europa em tradução francesa desde 1563 e inglesa desde 1565, tendo tido, até ao século XVIII, 16 edições em latim, 7 em francês e 3 em inglês.
[…]
O valor deste livro situa-se, porém, num outro plano, o do que significa o texto em relação aos propósitos do seu autor e o que ele é em si mesmo, pelo que diz, pelo que se propõe e pelos juízos que suscitou através da sua leitura. […] A respeito, ainda, da epístola, escreve o talentoso prosador Luís de Almeida Braga: «Em carta à rainha Isabel de Inglaterra, convidando-a a voltar à segurança da doutrina católica, sua fluida e ciceroniana eloquência como uma espada de fogo brilha e atravessa o coração.» Esta eloquência «fluida e ciceroniana», contudo, não foi de molde a convencer a real personalidade a quem se dirigia, nem mesmo os seus conselheiros, que se sentiram alvejados pelas alusões de Osório. Daí que o juízo formulado pelos Ingleses, directamente empenhados ou não na Reforma anglicana, tenha sido caracterizado pela falta de objectividade. Eles não podiam deixar de reconhecer a superioridade estilística do humanista português, mas isso era-lhes pretexto para diminuírem o valor da doutrina. […] Como quer que seja, o resultado da diligência, ainda que a epístola tenha sido, no seu género, uma obra-prima até de diplomacia, foi nulo. Isabel de Inglaterra levou ainda mais longe a Reforma anglicana, tendo afastado irreparavelmente de Roma a Igreja britânica, já dela antes separada, e acentuou mais profundamente, para nos servirmos de uma imagem de Osório, o rasgão da túnica de Cristo.”
(excerto do prefácio)
D. Jerónimo Osório (Lisboa, 1506-Tavira, 1580). “Humanista e teólogo português de projeção internacional. D. Jerónimo Osório foi um humanista que soube associar a mundividência cristã ao seu interesse pelos problemas sociopolíticos do tempo. Neste sentido, foi também um político e um contra-reformista, como se vê pela suas obras de cariz histórico, pedagógico, e de exegese bíblica. O grande domínio do latim, por parte do autor, facilitou o conhecimento directo da sua obra que, compreendendo escritos filosóficos, teológicos, políticos e mesmo históricos, se tornou um objecto de grande interesse para um melhor conhecimento da época em que foi escrita. Os seus livros foram publicados e apreciados em vários países, conhecendo edições sucessivas ainda no século XVI.”
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capas levemente oxidadas.
Invulgar.
15€

26 maio, 2013

TISSANDIER, Gastão – OS MARTYRES DA SCIENCIA. Obra vertida livremente e consideravelmente augmentada com noticias e exemplos de varões illustres de Portugal e Brazil por Adolpho Portela. Illustrada por Camille Gilbert e E. A. Tilly. Porto, Casa Editora Alcino Aranha & C.ª, [189-]. In-4º (26,5cm) de 448 p. ; il. ; E.
Ilustrado com belíssimas gravuras a p.b. em página inteira.
Matérias:
Capítulo I
Energia e Perseverança - Plínio o Antigo – Hasselquist – Felisberto Commerson – Victor Jacquemont – Chappe d’Auteroche – Richmann – Hervy – Fulton – Riquet
Capítulo II
A Conquista do Globo - Cristovão Colombo – Fernão de Magalhães – David Livingston – Guilherme Barents – John Franklin – René Bellot – René Caillé – Mungo-Park – Duranton – Francis Garnier – James Cook – La Pérouse – D’entrecasteaux – Thomas Burke
Capítulo III
A Exploração das Altas Regiões da Athmosphera - Plantade – Bourrit – Jacques Balmat – Bartholomeu Lourenço de Gusmão – Pilatre de Rozier – Romain – Zambeccari – Olivari – Sophia Blanchard – Arban – La Moutain – Croce-Spinelli – Theodoro Sivel
Capítulo IV
A Descoberta do Systema do Mundo - Galileu – Kepler – Tycho-Brahe
Capítulo V
A Imprensa - Gutenberg – Alberto Dürer – Aldo Manuce – Roberto Estienne – Estevão Dolet
Capítulo VI
O Methodo Scientifico - Rogerio Bacon – Pedro ramus – Giordano Bruno – Thomaz Campanella – Bernardo de Palissy – Miguel Servet – Pedro Belon – Francisco Bacon
Capítulo VII
Creadores de Sciencias - Blaise Pascal – Huygens – Nicolau Lémery – Schéele – Priestley – Lavoisier
Capítulo VIII
A Industria e as Machinas - Nicolau Leblanc – Philippe Leblon – Richard-Lenoir – Jacquard – Philippe de Girard – Josué Heilmann – Bartholomeu Thimonnier – Luiz Favre
Capítulo IX
Barcos a Vapor e Caminhos de Ferro - Diniz Papin – John Fitch – Roberto Fulton – Charles Dallery – Frederico Sauvage – Joseph Cugnot
Capítulo X
Os Medicos - Blache – Gillette – João Girard – Jénin de Montègre – André Mazet – Laval – Leon Roces – Vesalio – Harvey – José Dombey – Horacio Wels
Capítulo XI
Sciencia e Patria - Archimedes – Lazaro Carnot – Claudio Chappe – Sylvain Bailly – Condorcet – Gustavo Lambert
Capítulo XII
Simples Soldados - William Morgan – Isaac Pride – Happy Dold
Encadernação em meia de pele com ferros a ouro na lombada. Sem capas de brochura.
Exemplar em bom estado de conservação.
Invulgar.
25€

23 maio, 2013

BARRETO, Mascarenhas – HISTÓRIA DA POLÍCIA EM PORTUGAL : polícia e sociedade. Braga - Lisboa, Braga Editora, 1979. In-8.º (20,5cm) de 263, [9] p. ; [7] f. il. ; B.
1.ª edição.
Ilustrada em separado com reproduções de gravuras.
“O conjunto de normas imperativas – disposições jurídicas que não podem ser afastadas pela vontade dos indivíduos, nem por um poder políticos estrangeiro – constitui a «ordem pública».
Ao longo dos séculos, os Estados criaram grupos de pessoas incumbidas de assegurar a observância da ordem pública, vigiando e entregando ao poder judicial aqueles que a violassem. Ao grupo de vigilantes incumbido de proteger a população, mantendo essa harmonia da vida social, pelo cumprimento das normas da ordem pública, se chamou «Corpo de Polícia». (excerto da introdução)
Matérias:
O Homem e a Sociedade. Controlo Social. As Normas Jurídicas e a Ordem Pública.
I - PRIMÓRDIOS DA POLÍCIA EM PORTUGAL
1- História Sumária da Polícia na Antiguidade.
2- De D. Afonso Henriques a D. Sebastião:  As Ordenações / Os Juízos de Deus / A Feitiçaria / Os Tratos / A Inquisição / Os Judeus / A Vontade Popular / Os Cristãos Novos / A Saúde Pública / A Peste / As Galés / Os Pelourinhos / A Censura.
3- Dos Filipes a Pina Manique: A Restruturação da Polícia / A Propriedade, o Latifúndio e o Sentido da Liberdade e Moral / Armas e Disfarces / O Marquês de Pombal / Os Proveitos / A Administração Policial / O Desterro dos «Meninos de Palhavã» / O Intendente-Geral da Polícia da Corte e do Reino / As Prisões / A «Viradeira» / A Guerra / Pina Manique / Salubridade e Moral Pública / A Remodelação dos Serviços de Polícia.
II- A POLÍCIA PORTUGUESA NA ÉPOCA CONTEMPORÂNEA
1- A Guarda Real De Polícia: O Conde de Novion / As Invasões Francesas / A Guarda Militar de Polícia / A Conspiração de Gomes Freire.
2- A Guerra Civil: A Questão da Legitimidade / Extinção da Guarda Real de Polícia / A Guarda Nacional e a Polícia Preventiva / A Extinção da Intêndencia-Geral da Polícia.
3- A Guarda Municipal: A Restauração da «Carta» / As Condecorações e os Títulos / A Abolição da Escravatura / O caso dos «Ociosos» e das «Irmãs da Caridade» / As Amnistias e a Polícia Cívica / O caso «João Brandão».
4- A Alvorada Republicana: A Grande Guerra / O Epílogo da Primeira República /A Ditadura.
5- A Polícia de Segurança Pública: Terrorismo e Repressão / Perturbações da Ordem Pública / A «Guerra Colonial» / «Salazarismo» e «Libertação» / «Pela Lei e Pela Grei» / Organizações da PSP / Mensagem.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar, com interesse histórico.
Indisponível

22 maio, 2013

BUFREM, Leilah Santiago – OS LUSÍADAS : fator de integração luso-brasileira. Curitiba, Editora Lítero-Técnica, 1977. In-8º (21cm) de [2], 178, [4] p. ; B.
Capa de Fernando Calderari (reprodução da portada da 1ª edição de Os Lusíadas)
Valorizado pela dedicatória autógrafa da autora.
“Os Lusíadas – fator de integração luso-brasileira” é uma obra em que a autora, realmente “vive Camões” e, por outro lado, revive a história do povo luso, seu mundo, seus costumes, sua cultura, a língua portuguesa, tudo a que estamos histórica, cultural, social e sentimentalmente ligados. (Francisco Borsari Netto, Secretário da Educação e da Cultura)
“Leilah Bufrem redescobre Camões e procura interpretá-lo na sua imensurável continentalidade. “Cortando o longo mar com larga vela”, visitou Lisboa, respirou a poesia peninsular e contrita diante do Mosteiro dos Jerónimos contemplou, certamente, a imortalidade do seu poeta. Sabemos que a força do bardo lusitano provém da sua criação literária e da expressão universal do seu poema épico. Porém, Camões é sempre uma surpresa a mais, uma constante renovação de beleza que o tempo não apaga e a ferrugem não consome. (Túlio Vargas, Academia Paranaense de Letras)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
10€

21 maio, 2013

BOURRU, Mr. – ARTE // DE SE TRATAR A SI MESMO // NAS // ENFERMIDADES // VENEREAS, // E // DE SE CURAR DE SEUS DIFFERENTES // SYMPTOMAS: // Obra fundada em huma nova teoria destas // enfermidades, e na qual se explica do // modo o mais verosimel a operação dos // remedios, que se empregaõ em // seu tratamento. // TRADUZIDA DO FRANCEZ // DE // MR. BOURRU // DOUTOR REGENTE DA FACULDADE // DE MEDICINA NA UNIVERSI- // DADE DE PARIZ. // COIMBRA: // NA REAL OFFICINA DA UNIVERSIDADE. // Anno de M.DCC.LXXVII. // Com licença da Real Meza Censoria. In-8.º (16cm) de XXXVII, [3], 461, [1] p. ; E.
1.ª edição.
Primeira e única edição publicada entre nós, impressa originalmente em francês em 1770.
Ilustrada com três bonitas vinhetas tipográficas e capitulares.
"Mr. Bourru explica quão importante era o número de pessoas infectadas por doenças venéreas, muitas delas sujeitas a superiores rigorosos, prontos a considerá-las de vida licenciosa, “o que mais vezes é só o efeito de um momento infeliz”. Pessoas essas que fatalmente tornar-se-iam “presas de infames charlatões, que sempre ricos em promessas nunca deixam de as lisonjear com algumas garrafas de tizanas” ou específicos aos quais gabam-se de serem os únicos possuidores." (Beltrão, Vera Regina – Educar para a Saúde em Manuais Domésticos de Setecentos, UFPR)
“Meu fim na publicação desta obra, naõ he de subtrahir o conhecimento, e a cura das enfermidades venereas aos Medicos a quem ellas pertencem de direito. Ainda que nada tenha omitido, para que as Pessoas infectadas destas enfermidades se ponhaõ em estado de se curarem a si mesmas, com tudo parece-me, que ellas podendo, faraõ melhor em confiar-se a hum habil Medico, do que seguir por si sós o caminho, que lhes abro. Ao mesmo tempo devemos convir, que muitas vezes ha tantas dificuldades em se buscar hum sabio Medico, que neste cazo julgo, ser entaõ esta obra naõ sómente utilissima a alguns particulares, mas ainda necessaria para o bem commum.”
(excerto da Prefacçaõ do Author)
“Esta Obra que Mr. Bourru Doutor Regente da Faculdade de Pariz quis publicar para cada hum se tratar a si mesmo, e se curar das Enfermidades Venereas, he sem duvida hum pinhor, naõ só de sua humanidade, mas tambem de sua ingenuidade.
[…]
Na Prefacçaõ desta Memoria elle divide todo o Povo em tres Classes. Na primeira compreende os Grandes, e todos os Cidadãos, que gozaõ de brilhante fortuna, e diz que Obra alguma de Medicina, poderá ser capas de dirigir a taõ grandes senhores, porque elles pódem ter os Medicos mais sabios ás suas ordens, e com elles curarem-se nas suas enfermidades. Porém este respeito, com q Mr. Bourru trata aos grandes senhores, naõ deve condemnar sua obra ao desprezo, nem subtrahilla das mãos inteiramente illustres, e ainda soberanas. Elle pode estar persuadido que toda a Fidalguia e nobreza ha de ler, e possuir a sua obra com estimação. A superioridade nestes senhores, igualmente que suas riquezas, assim como os fazem adorados de todos os seus inferiores, assim tambem os facilitaõ a socorrer os pobres, e concorrer para o seu alivio, já com um bom concelho, já com a exibição de alguns remedios.
[…]
Mr. Bourru poem na segunda Classe todos aquelles Cidadãos, a quem huma fortuna commoda facilitou huma boa educação, ou alguma Arte liberal. Tais saõ todas as Pessoas, que entraõ na categoria de Letrados, os Ecclesiasticos, os Militares, os Mercadores &c. A estes he que elle teve intençaõ de beneficiar, porque os conhecimentos, que adquiriraõ em sua mocidade, os habilitaõ para entenderem esta Obra, e saberem tratar-se de huma enfermidade, q lhes he interessante ocultar, mas que por se terem occultado, desprezando ao mesmo tempo os remedios proprios, vem a cahir em males serios, q depois naõ se remedeaõ sem grandes trabalhos, e perigos.
[…]
A terceira Classe de pessoas compreende a todos os que saõ obrigados a viver do trabalho de suas mãos. Esta classe he mais numeroza, como confessa o nosso Author, porém ella naõ póde tomar parte nesta obra, porque, diz, lhe falta toda a sorte de conhecimentos, e ignoraõ a arte de escrever, e de ler, o que lhes era necessario para tratarem com os ausentes, e buscarem nos Escritores o seu beneficio. Com tudo Mr. Bourru naõ os dezampara: elle busca na Policia o seu remedio, e se persuade que bastaõ as leis Provisionais para os preservar, e remediar até inteira extincção de todo o mal.
[…]
A todos parece consequente, q o beneficio que elle faz ás pessoas da segunda classe, se difunde tambem pelas da terceira, que elle lamenta, e quiz de outro modo sacrificar os seus cuidados. Mr. Bourru bem sabe que a maior parte dos malles venereos, que infectaõ as primeiras duas Classes, tiveraõ sua origem na terceira; o amor que poem a todos os homens no mesmo nível, e os faz iguais, assim como misturando differentes Classes, comunicou, e propagou o contagio venereo, assim tambem he capaz de comunicar, e propagar o remedio; na mesma fonte do mal se pode achar o bem, e do mesmo veneno tirar o antidoto. Ninguem se poderá capacitar que hum Amante deixe de remediar a huma pessoa amada podendo, e sabendo o modo como a ha de socorrer. Mr. Bourru pois beneficiando as Pessoas da segunda Classe em huma queixa, onde o amor he criminoso, fica claro, que extende o seu beneficio a quantos cumplices compreende o mesmo amor sobredito.”
(excerto da Prefacçaõ do Traductor)
Edme-Claude Bourru (1741-1823). Foi um médico francês. Doutor-Regente e bibliotecário da antiga Faculdade de Medicina de Paris e seu último decano.
Encadernação coeva inteira de pele marmoreada com rótulo e ferros a ouro gravados na lombada.
Exemplar em bom estado geral de conservação. Lombada defeituosa. Pequeno orifício de insecto, junto ao festo, na última página e duas seguintes (em bco). Mancha de humidade desvanecida à cabeça, no início e no final do livro.
Raro.
Peça de colecção.
220€

19 maio, 2013

DOMINGOS ANTÓNIO DE SEQUEIRA : desenhos. [Prefácio de Maria Alice Mourisca Beaumont]. Lisboa, Museu Nacional de Arte Antiga, 1975. In-fólio (30,5cm) de [56] p. inum. ; mto il. ; B.
Catálogo que reproduz os desenhos de Domingos Sequeira em página inteira pertencentes ao Museu Nacional de Arte Antiga. Cada desenho vem acompanhado de uma breve explicação.
"O conhecimento da personalidade artística de Sequeira vem-se fazendo através de estudos sucessivos, muitas vezes deformados por perconceitos ou por mitos, Sobressai no entanto sempre a afirmação provada pelo exame das obras pintadas ou desenhadas da qualidade superior destas em relação àquelas.
[...]
Podemos, a partir do exame da obra desenhada tirar algumas conclusões como seja: o gosto pela variabilidade de processos e materiais (linha, mancha, modelados luminosos, desenhos precisos e esboços apenas sugestivos, lápis, carvão e giz, traços de pincel ou pena, a tinta, traços brancos sobre fundos de cor, etc.); interesse primordial pela figura humana e secundariamente por desenhos técnicos (baixela, barcos) e muito pouco pela paisagem; segurança de traço e procura de equilíbrio na composição..."
(excerto do prefácio)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
Indisponível

18 maio, 2013

COELHO, F. J. Pinto - CONTEMPORANEOS ILLUSTRES. II : D. Fernando II de Portugal. Lisboa, Imprensa Nacional, 1878. In-8.º (21 cm) de 384 p. ; [1] f. il. ; B.
1.ª edição.
Biografia de Fernando de Saxe-Coburgo-Gotha, D. Fernando II de Portugal, rei consorte da rainha D. Maria II.
Trata-se do 2.º vol. de dois publicados nesta série Contemporaneos Illustres: o 1.º vol. foi dedicado ao estadista Fontes Pereira de Melo (1877).
Ilustrado com o retrato de D. Fernando II em extra-texto.
"O rei D. Fernando de Portugal conta actualmente sessenta e dois anos, e conserva ainda a mesma figura magestosa e sympathica de outr’ora.
Gosando da maior estima publica, póde affoutamente dizer-se – que não conta um só inimigo pessoal ou politico.
Nos teatros e outros logares publicos onde aparece, o rei-artista é sempre bem recebido pelo povo, costumado ha quarenta e dois anos a vel-o sempre risonho e alegre em toda a parte!
[…]
Eis finalmente o homem illustre, a quem Portugal tanto deve, e que devemos venerar como justamente o merece, visto que em 1870 soube zelar tão bem a honra, independencia e a liberdade da pátria, quando o plano do governo de Prim era adoptar para a peninsula ibérica a união de Hespanha e Portugal á similhança do imperio austro-hungaro, e do reino da Suecia e Noruega.
O rei D. Fernando II de Portugal, n’uma palavra, é um dos principes mais esclarecidos e bemquistos da Europa, um completo homem d’estado e o prototypo do perfeito cavalheiro."
(Excerto do texto)
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capas ligeiramente oxidadas.
Invulgar.
Indisponível

17 maio, 2013

VIANNA, Silva – CARTA A EL-REI. Ácerca da insubordinação da armada portuguesa. Semana Santa de 1906. Lisboa, Typographia do Commercio, 1906. In-8º (21cm) de 10, [2] p. ; B.
Opúsculo em verso publicado por ocasião da insubordinação da Armada em pleno Tejo, no ano de 1906. O autor apela ao Rei pedindo clemência para os envolvidos, terminando o seu trabalho com a seguinte estrofe:
“Se tendes, como nós, filhos estremecidos,
em nome d’elles dae perdão para os vencidos.
Não ficam mal a um Rei mil rasgos de bondade,
nem abrigar no manto a bella caridade,
quando empregando-a assim, é prova manifesta
Que quem aos pobres dá, ao grande Deus empresta…” 
A insubordinação da Armada na Semana Santa de 1906
“Em Lisboa, a insubordinação dos marinheiros começa no Domingo de Ramos no cruzador D. Carlos e as sucessivas peripécias vão-se sucedendo ao longo da Semana Santa. Imagine-se a Lisboa de 1906, nestes dias altamente simbólicos do cristianismo, com os navios da Armada a ameaçar bombardear o Terreiro do Paço e as Necessidades! Mas quem corporiza a Marinha neste movimento? São cabos, são marinheiros e grumetes – aparentemente, nenhum sargento sequer e, evidentemente, nenhum oficial, os quais de resto são escorraçados do navio em que prestavam serviço. O próprio Major-General da Armada, almirante Ferreira do Amaral (que virá a ser o chefe do governo da Acalmação, pósregicídio), a autoridade suprema da corporação, tem de ir a bordo por duas vezes, sendo-lhe prestadas pela marinhagem as honras militares devidas, embora de mau modo, mas acabando esta por acatar o seu discurso, dizendo que iriam ser feitas averiguações mas que o navio passaria ao estado de meio-armamento, com nomeação de um encarregado-do-comando e o desembarque da maioria da guarnição. Quando, porém, no dia seguinte se procede a este desembarque, com as praças a serem levadas entre baionetas (do Exército) e em vagões de caminho-de-ferro para as prisões de Caxias e S. Julião da Barra, repercute o ânimo revoltado da marujada, que encontra apoio nos familiares e população civil do bairro operário e popular de Alcântara e nas guarnições de diversos outros navios da esquadra. Assim, na Sexta-Feira Santa, a rebelião havia alastrado aos cruzadores Vasco da Gama e Adamastor, à canhoneira-torpedeira Tejo e ao torpedeiro n.º 4, havendo também movimentos de solidariedade na fragata de vela D. Fernando e em algumas unidades da Marinha em terra. Há tiros de armas ligeiras e fala-se na ameaça de torpedeamento dos navios revoltados. O almirante Moraes e Sousa, que comandava a divisão naval, demite-se e os navios são afastados uns dos outros. A punição judicial que se seguiu foi muito forte, embora selectiva: mais de quarenta condenados a penas de prisão superiores a 3 anos ou deportação para as colónias. […] De acordo com as informações contidas nos processos judiciais e em outras fontes (de imprensa e memoriais), percebe-se que já havia um comité de marinheiros organizado pelo movimento republicano português, quiçá influenciado pela Maçonaria ou a Carbonária.” (Oliveira, Luísa Tiago de & Freire, João (org.) – Militares e Sociedade, Marinha e Política. Um século de História. Lisboa, ISCTE, 2012)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capa apresenta vinco vertical e pequena falha de papel no canto superior esquerdo.
Invulgar.
15€

16 maio, 2013

COSTA, José Daniel Rodrigues da – BARCO DA CARREIRA DOS TOLOS : obra crítica, moral, e divertida. FOLHETO = I. JANEIRO [a FOLHETO XII. DEZEMBRO]. Nova Edição. LISBOA. Typographia de Elias José da Costa Sanches. 1850. 12 folhetos in-8º grd. (22,5cm) x 32 p.
Colecção de folhetos satíricos (completa).

Para descarregar esta Cidade
Da multidão de Tôlos, que a povôa,
Com maré, vento em popa, e brevidade
Vem este Barco ao Porto de Lisboa:
Leva Tôlos de toda a qualidade,
Mas tem sempre um lugar vago na prôa
Quem disser, ou fizer alguma asneira,
De mez, a mez, tem Barco de Carreira.

“Amaveis, e curiosos Leitores, novamente me apresento á vossa curiosidade, e continúo nas minhas pequenas, e vulgares composições, mais fiado na vossa benevolencia, que no meu merecimento. Assim o confesso, porque vive muito longe de mim o espirito da vaidade; e porque sei que os que tem este vicio, são ás vezes como a frondosa arvore no Verão, a quem o tempo em breve mudança abate as fôlhas e séca os fructos.
Agora me parece estar já ouvindo estes Senhores, que fallão com muita elevação em tudo o que ha de telhas acima, a murmurarem de como eu corto, e reprehendo o que vejo de telhas abaixo; mas então lhes respondo, que em quanto com a minha Filosofia rasteira eu vou adquirindo o producto das minhas observações para cómmodo da vida, eles com as suas erradas mathematicas não pensão de andarem sempre vendo as estrellas ao meio dia.”
[…]
Esta Obra, a que me proponho, não leva o frontispicio pomposo, nem indica, que trata de Chimica, Botanica, FysicaGeografia, Viagens… e outras matérias, com que muitas Obras se condecorão, cujas promessas mais parecem dicionários de palavras, que desempenho dos assumptos. Nada, não, Senhores; na minha Obra, pinta-se tão somente hum Barco da Carreira dos Tôlos, com o seu Arrais.
Na invenção deste Papel periódico se cortão os vícios, se exalta a virtude, e se provoca a riso naquellas matérias, que admittem  huma decente jocosidade, guardando sempre os limites da modéstia e respeito, com que se deve tratar o prudente Leitor.”
(excerto do prólogo)
José Daniel Rodrigues da Costa (1757-1832) foi um poeta português. Sob o pseudónimo de Josino Leiriense, que usava nas tertúlias da Arcádia Lusitana, Rodrigues da Costa teve uma vida de notoriedade social e intelectual, testemunhadas em várias obras literárias que publicou, quase sempre sob a forma de folhetos que se vendiam como "livros de cordel". Foi popular a sua rivalidade com Bocage.
Exemplar por encadernar em bom estado de conservação. Últimas páginas apresentam manchas de humidade marginais, sem afectação do texto.
Muito invulgar.
Indisponível

15 maio, 2013

BOTTO-MACHADO, Fernão – A CONFISSÃO. Lisboa, Composto e Impresso na Typ. La Bécarre, de F. Carneiro & C.ª, 1908. In8º (18cm) de 14, [2] p. ; B.
Corrosivo opúsculo anticlerical de Boto Machado. Raríssimo. Não consta da base de dados da BNP. A Biblioteca Nacional possui apenas um exemplar do mesmo ano impresso na Tip. Bayard.
“Veio a religião catholica, que é apenas a apropriação, e a adaptação, grosseira e falha d’originalidade, de doutrinas, symbolos, actos e sacramentos das religiões anteriores, e, plagiando como sempre essas religiões, dispôz – em nome d’um Deus que nunca foi visto, e que, colérico, feroz e exterminador, nos fulmina com raios, coriscos, centelhas, terramotos, pestes, fomes, guerras e dilúvios – dispôz que todos os pecados tu confessarás, pelo menos uma vez em cada anno.
Mas confessarás para quê?
Pois se Deus sabe tudo, é imenso, e está em toda a parte, para que confessar-lhe pecados que elle conhece, que elle sabe, que elle observa, que elle vê, e que não evita, só talvez pelo prazer de castigar o homem, alliás por elle feito, no dizer dos sagrados textos, á sua imagem e similhança? Para quê, sendo como é certo que se não fosse a instrucção, a educação e o mêdo das cadeias, podia um tal Deus limpar as mãos á parede pela sua linda obra?” (excerto da 1ª parte do texto)
Fernão Amaral Boto Machado (1865-1924). “Não tem nenhum curso scientifico, mas possue uma cultura intellectual superior á de muitos que se embrenham em estudos e á custa de transigencias logram obter um curso.
É, como d’aqui se pode inferir, um espirito esclarecido, que animado por uma vontade forte e bem orientada se ter tornado simpatico e querido a dentro das fileiras democráticas. Muito dedicado á causa da instrucção popular, de que é um dos mais devotados campeões, a sua acção politica tem-se exercido simultaneamente no jornalismo e na tribuna, substituindo com brilho notavel Magalhães Lima na direcção da Vanguarda, quando há tempos aquelle se encontrava ausente do país.” (in Almanaque Republicano, 1908)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capa apresenta algumas falhas de papel, bem como a 1ª p. texto. Contém sublinhados no texto.
Raro.
Indisponível

14 maio, 2013

KOCK, W. J. de - HISTORIA DA ÁFRICA DO SUL. Pretória, Edição do Ministério da Informação, 1972. In-4.º (26cm) de 64 p. ; mto il. ; B.
A História da África do Sul por W. J. de Kock, produzida em pleno apartheid. Obra impressa em Pretória para a Imprensa Nacional em Abr. 1972.
"A parte mais meridional do continente africano, que o mundo de hoje conhece por República da África do Sul, é a pátria de mais de vinte e um milhões de pessoas de diversas raças, falando línguas europeias e vivendo pacíficamente num país enorme cujo clima varia de região para região, indo do semidesértico ao subtropical.
A África do Sul de hoje cobre uma superfície maior do que a Alemanha, França Itália e Portugal em conjunto; cinco vezes o tamanho da Gra--Bretanha; quarenta vezes maior que a Holanda, donde, ao princípio, proveio a maioria dos antepassados da sua população branca." (introdução)
Matérias:
- Os portugueses e o Cabo da Boa Esperança. - Os holandeses fundam uma feitoria. - A pista para o interior. - O fim da dominação da Companhia. - A presença brtânica no Cabo. - A expansão pelo norte. - Colónias britânicas e repúblicas "boers". - Imperialismo. - O recurso à guerra (1899-1902). - Reconstrução e União. - O começo da União. - Hertzog funda um partido. - Os anos difíceis de Louis Botha. - A política e a primeira Guerra Mundial. - Smuts na chefia (1919-1924). - Hertzog e o Governo de Paacto. - Independência dentro do Império. - Da depressão à coligação. - Fusão: as suas realizações e os seus fracassos. - O colapso da Fusão (1938-1939). - Smuts vai para a guerra. - Os "afrikaners" em estado de confusão. - Progresso no pós-guerra. - Smuts: o fim da estrada. - Malan mete ombros à missão. - Comunismo e problemas raciais. - Planeamento ao serviço dos povos mestiço e banto. - Riqueza mineira. - O ano de 1960. - A proclamação da República da África do Sul. - Autodeterminação para o Transkei. - A luta pelo Sudoeste Africano. - O futuro. - Depois de Verwoerd. - A África do Sul em perspectiva.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
10€

12 maio, 2013

CABREIRA, Thomaz - O PROBLEMA MILITAR. Conferencia feita no Centro Republicano Democratico : por... Capitão de Infanteria e Lente da Escola Polytechnica. Lisboa, Imprensa Africana de Antonio Tiberio de Carvalho, 1911. In-8º grd. (22cm) de 22, [2] p. ; B.
Opúsculo com interesse histórico. Não consta na base de dados da Biblioteca Nacional nem na maior parte das referências bibliográficas do autor.
A organização do Exército - projecto técnico e financeiro. Sistema proposto por Tomás Cabreira, no alvorecer da República, "para termos um exercito solidamente organizado" contrariando "a penuria das finanças portuguezas".
"Portugal precisa organisar-se militarmente, de modo a garantir a sua integridade como nação e a estabilidade das instituições que livremente excolheu. Para isso deve ter um exercito instruido, armado e equipado modelarmente e bastante numeroso para poder resistir com vantagem aos azares duma guerra. (excerto da introdução)
Matérias:
Reforma do exercito
Parte Technica
I. Recrutamento. II. Organização dos quadros. III. Constituição do exercito. IV. Estado maior general. V. Corpo de estado maior. VI. Infanteria.
VII. Cavallaria. VIII. Artilharia. IX. Engenharia. X. Tropas de saude, administração e equipagens. XI. Tropas insulanas. XII. Ordenanças. XIII. Mobilisação geral. XIV. Composição do exercito.
Parte Financeira
I. Exercito continental. II. Tropas insulanas. III. Economia total. IV. Fundo militar.
Tomás António da Guarda Cabreira (1865-1918).) Professor, militar, político e escritor português. Republicano de prestígio e maçon, foi Ministro das Finanças da República Portuguesa em 1914, entre 9 de Fev. e 23 de Jun. Atingiu o posto de coronel do Exército em 1918, no ano da sua morte.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro.
Sem indicação de registo na BNP (Biblioteca Nacional).
20€

11 maio, 2013

SOUSA LOPES : Exposição (obras doadas ao Estado) – Academia Nacional de Belas Artes. [Prefácio de Afonso Lopes Vieira]. Lisboa, [s.n. – imp. Bertrand (Irmãos), Ltd.ª], 1945. In-8.º (22,5cm) de [18] p. ; [1] f. il. ; [16] p. il. B.
1.ª edição.
Catálogo da exposição de homenagem a Sousa Lopes.
Ilustrado com reproduções do Mestre e um seu autorretrato.
Adriano de Sousa Lopes (1879-1944). “Nasceu no lugar de Vidigal, freguesia de Pousos, concelho de Leiria, em 20 de Fevereiro de 1879. Matriculou-se na Escola de Belas Artes de Lisboa, em 1898, seguindo para Paris como pensionista do Legado Valmor, em 1903. […] Fez parte do C. E. P., na qualidade de capitão-graduado (1914-1918) durante a Grande Guerra, documentando a acção do exército português nas Batalhas da Flandres, de cujos trabalhos realizou grandes decorações no Museu de Artilharia e fêz preciosa colecção de gravuras a água-forte. Expôs muitas vezes no «Salon» de Paris, e realizou exposições individuais em Portugal. […] Faleceu em Lisboa no dia 21 de Abril de 1944.”
(Excerto do texto)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
Indisponível

10 maio, 2013

BOCAGE. Sua vida historica e anectodica. Trabalho de compilação pelo Dr. Carlos José de Menezes. Lisboa, Guimarães & C.ª, 1915. In-8º (19cm) de 101, [3] p. ; B.
Biografia e obra de Bocage.
Matérias:
Bocage
I. Seus primeiros annos e sua educação.
II. Sua entrada na vida. Suas primeiras desilusões.
III. Saída de Gôa, deportação para Macau e regresso á patria.
IV. Vida agitada - Seu amor á liberdade - Prisões.
V. A sua morte.
VI . O monumento a Bocage.
Sonetos, Satyras e Anecdotas
Versos e Anecdotas a tribuidas a Bocage
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Carimbo de posse na capa, f. rosto e 1ª p. texto.
Invulgar.
15€

09 maio, 2013

MACHADO SANTOS, A CARBONÁRIA E A REVOLUÇÃO DE OUTUBRO. Textos de Joaquim Madureira, Augusto Vivero e António de la Villa. Precedido de um estudo por João Medina. Lisboa, Cooperativa Editora História Crítica, S.C.A.R.L., 1980. In-8.º (20cm) de 56, [2] p. ; il. ; B. Textos Universitários – Opúsculos / 1
1.ª edição.
"Se observarmos com atenção esta figura política que os historiadores parecem querer esquecer, não podemos deixar de sentir uma espécie de embaraço misturado com muita perplexidade, já que tudo se mostra contraditório e por vezes mesmo paradoxal no destino e na alma do homem que fundou a República, que foi o braço armado que, na hora decisiva em que todos desanimavam e alguns desertavam já, fez pender a balança da História para o campo dos revoltosos e, no reduzido acampamento da Rotunda, com uns quantos sargentos, praças e civis, verdadeiramente arrebatou a vitória nos dias 4 e 5 de Outubro de 1910."
(Excerto do estudo de João Medina)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
Indisponível

08 maio, 2013

BASTO, L. A. Xavier de – DISCURSO PROFERIDO NA SESSÃO INAUGURAL DO GRÉMIO DOS COMBATENTES PELA REPÚBLICA NO SALÃO NOBRE DO TEATRO DE S. CARLOS EM 4 DE OUTUBRO DE 1925. Prefaciado pelo Dr. Agostinho Fortes. Lisboa, Grémio dos Combatentes pela República, 1926. In-8º (21cm) de 42 p. ; B.
Vibrante discurso de fervor republicano proferido por Xavier de Basto na inauguração solene do Grémio dos Combatentes pela República, poucos dias depois da absolvição dos revoltosos do 18 de Abril.
“[…] O que há dias ocorreu na Sala do Risco é o maior desprestígio da República Portuguesa. Não é o desprestígio da ideia republicana, que essa é intangível, mas o desprestígio das instituições que a República ainda conserva. […] Só o Congresso, ou a Fôrça, quando triunfante e respeitando o espírito do Povo, são soberanos para destituir os Governos legais. […] Um Tribunal que absolve, pura e simplesmente, réus confessos, orgulhosamente confessos, do crime de rebelião, é um Tribunal que ataca o Estado que o nomeou e conserva e mantem, é um Tribunal – cúmplice dos réus que julga.”
(excerto do discurso)
“Não podia ter sido melhor a escolha [de Xavier de Basto], di-lo de forma mais categórica a bela peça oratória que antecede. […] Na assistência, que enchia por completo a grande sala e galerias, sobressaíam muitas senhoras e viam-se os srs.  doutores: Domingos Pereira, presidente do Ministério, João Camoesas, ministro da Instrução, general Alves Roçadas, comandante da Divisão, coronel Estevão Águas, comandante da Guarda Fiscal,; militares que tomaram parte no 31 de Janeiro; oficiais da Marinha…
O sr. Xavier de Basto proferiu o brilhante discurso agora publicado, que a assistência consagrou com os seus constantes aplausos e ao qual o ilustre professor sr. dr. Agostinho Fortes presta a merecida justiça nas suas palavras preambulares. […] Com a poesia Á Mocidade, de Guerra Junqueiro terminou a sessão, que ficará memorável nos anais do Grémio dos Combatentes pela República, cujos dirigentes continuarão, sem desfalecimentos, a obra patriótica a que se abalançaram, sempre com a mesma fé a animá-los e bem convencidos que jamais poderão ser sufocados movimentos revolucionários com conferências ainda as mais primorosas.
Nunca a retórica conseguirá encravar armas de fôgo…
(excerto da nota final de Gomes de Carvalho)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro.
Indisponível

07 maio, 2013

ALMEIDA, Antonio Joaquim d' - VIDA E MILAGRES DO THAUMATURGO LUSITANO SANTO ANTONIO DE LISBOA. Reformada e illustrada com algumas reflexões evangelicas, e exposições religiosas: com a trezena e orações adoptadas pela Santa Egreja. Por seu humilde e reverente devoto... Com licença de S. Exc.ª o Snr. Bispo d'esta Diocese. 2.ª edição revista e emendada por J. V. P. de Carvalho. Porto, Livraria e Typ. de F. G. da Fonseca, 1866. In-8º (18cm) de 303, [1] p. ; [1] f. il. ; E.
Ilustrado em separado com uma gravura do Santo com o Menino, e ao longo da obra com bonitas e elaboradas capitulares.
Biografia de Santo António, santo padroeiro da cidade de Lisboa.
"A prodigiosa vida do Thamaturgo Lusitano, Santo Antonio de Lisboa, que piissimamente vos offereço n'este pequeno livro, não é uma obra scientifica, ou romance da moda, nem tão pouco uma imaginaria novella; é sim uma obra edificante e verdadeiramente christã, que nos põe ao facto das sublimes virtudes, de um Santo portuguez, o mais célebre e o mais distincto, que mereceu do Omnipotente Deus, o mais especial attributo de obrar os mais assombrosos prodigios: é a vida de um Justo, nascido em o nosso solo, e na nossa illustre capital..." (excerto da introdução)
Encadernação coeva em meia de pele com ferros a ouro na lombada.
Exemplar em bom estado geral de conservação. Assinatura de posse nas folhas de anterrosto e rosto.
Invulgar e muito apreciado.
Indisponível

05 maio, 2013

MALHEIRO, Tenente-Coronel Alexandre – DA FLANDRES AO HANOVER E MECKLENBURG (notas dum prisioneiro). 2º milhar. Porto, Renascença Portuguesa, 1919. In-8º (17,5cm) de 410, [6] p. ; E.
1ª edição.
Ilustrações a p.b. de página inteira.
Diário do tenente-coronel Alexandre Malheiro, prisioneiro de guerra dos alemães.
“Êste livro tem apenas o merecimento de haver sido escrito desapaixonadamente.
Apesar do feliz êxito obtido pelos aliados no grande conflito europeu, não poderia eu ter a pretensão de me arrogar hoje os foros de propagandista em favor da comparticipação de Portugal na Guerra.
Ninguém também poderá, com verdade, acusar-me de eu haver dado o menor passo no sentido de me eximir ao cumprimento do meu dever, embora eu, com o meu silêncio, pudesse talvez ter evitado a minha ida para França e consequentemente todos os trabalhos e sofrimentos que em terras extranhas acabo de experimentar…
Só inconscientemente, pois, estas minhas notas, daquêm e dalém front, poderão revelar qualquer parcialidade, ou conter a menor inexactidão, que dúvida alguma eu terei em rectificar, desde que lealmente elas me sejam apontadas.” (excerto do prefácio)
Contém no final do livro, em Notas Subsidiárias, o seguinte:
O funeral do alferes Joaquim Simões Dias, descrito pelo snr. Coronel Diocleciano Martins. O discurso deste à beira da sepultura do mesmo alferes.
Relatório lido em assembleia geral dos oficiais portugueses, pelo tenente-coronel snr. João Carlos Craveiro Lopes, no seu regresso de Berlim com o capitão snr. Maçãs Fernandes, onde estes oficiais haviam ido tratar do assunto do nosso repatriamento…
Impressões do tenente Delduque da Costa a propósito do depilatório a que se alude no capítulo XI deste livro.
O que, em simples conversa, foi contado ao autor por alguns oficiais de infantaria n.º 1, a propósito do esquecimento a que foi votado êste batalhão por ocasião do raid alemão que contra êle foi dirigido na primeira noite da sua ida para as linhas, quando a 6.ª brigada foi substituir a 3.ª no sector de Fauquissart.
Alexandre José Malheiro Madeira (1870-1948). Militar e escritor. “Nasceu em Martim, do concelho de Murça, em 1870, falecendo em Lisboa, em 1948. Seguiu a carreira militar, a partir de 1889, chegando ao posto de General. Concluiu o Curso de Oficial de Infantaria e foi promovido a Alferes em 1893, a Capitão em 1906 e a General em 1932. Durante a I Guerra Mundial comandou a 6ª Brigada de Infantaria do Corpo Expedicionário Português, em França. Participou na Batalha do 9 de Abril, ficando prisioneiro dos alemães. Foi libertado em 1918 com o armistício. Regressado a Portugal desempenhou os cargos de Comandante da Escola Central de Oficiais, de Inspector de Infantaria da lª e 2ª Regiões Militares, Comandante Geral da Guarda Fiscal e de Inspector Geral Interino dos Fósforos. Recebeu algumas das mais importantes condecorações: Grã Cruz da Ordem de Aviz, Medalha da Vitória e do Oficialato de Santiago.”
Belíssima encadernação em meia de pele ricamente decorada com nervuras e dourados na lombada. Conserva as capas de brochura.
Exemplar em bom estado de conservação. Carimbo de posse na f. rosto.
Raro.
Com interesse histórico.
Indisponível