31 outubro, 2013

BRANCO, Comandante Fernando - NOVELAS SUBMARINAS. Episódios históricos de submarinos portugueses e aliados durante a Grande Guerra. Lisboa, Livraria Sá da Costa, 1928. In-8º (18cm) de [8], 272 p. ; E.
1.ª edição.
Conjunto de episódios marítimos passados durante a Grande Guerra.
“As «Novelas Submarinas», foram sugestionadas pelos serviços que tive ocasião de prestar, não só como um dos iniciadores na navegação submarina na nossa Marinha de Guerra, como também, pelo que, com os nossos submarinos, tive de fazer durante a Grande Guerra. Foi, ao iniciar a sua publicação, a minha principal preocupação, dar a conhecer o mais publicamente possível e pela primeira vez ao nosso país, o que era a vida a bordo de um submarino, qual era o valor dessa arma de guerra, e quais as heroicidades e os sacrifícios, que o seu valoroso pessoal cometeu e passou durante a grande conflagração."
(excerto da introdução)
Matérias:
I - Um cruzeiro em imersão. Serviço de um submarino português em guerra.
II - A Marinha de Guerra Portuguesa... A Heróica! Notável episódio do «Augusto de Castilho».
III - O pássaro e o peixe. Combate singular entre um submarino e um aeroplano.
IV - «Um cardume... de submarinos!» Falso alarme de submarinos inimigos. - Episódio curioso por que passou um submarino português durante a guerra.
V - Horas de angústia. Momentos terríveis dentro dum submarino afundado. - O que passaram êsses heróis obscuros da Grande Guerra e uma salvação movimentada.
VI - A descoberta de Perpignan. Episódio patriótico da Grande Guerra. - O que uma esquadrilha de submarinos portugueses viu numa travessia do Mediterrâneo, em plena guerra
VII - A terrível ratoeira. Captura dum submarino numa rêde de defesa.
VIII - O «bluff» britânico! História dos navios fantasmas inventados pelos ingleses durante a Grande Guerra.
IX - A expiação. Morte lenta dum submarino afundado. - Como acabaram muitas guarnições de alguns submarinos inimigos depois dos seus sucessos.
X - O rádio do armistício! Episódio dum submarino português na Grande Guerra. - O que se passou a bordo do último submarino português que fez a guerra, no dia 11 de Novembro de 1918, no momento solene em que a assinatura do armistício foi comunicada ao Mundo.
Encadernação com lombada e cantos em pele, com ferros a ouro gravados na lombada. Conserva a capa de brochura anterior.
Exemplar em bom estado de conservação. Apresenta assinatura de posse na f. anterrosto e carimbo de posse na f. rosto.
Invulgar.
Com interesse histórico.
Indisponível

30 outubro, 2013

FERREIRA, Rafael Laborde & VIEIRA, Victor Manuel Lopes - ESTATUÁRIA DE LISBOA. Com a colaboração da Tranquilidade-Seguros. [Lisboa], [s.n. – Imp. por Amigos do Livro, Lda.], 1985. In-8º (19cm) de 447, [1] p. ; mto il. ; B.
Excelente roteiro profusamente ilustrado com fotografias da estatuária da capital. Cada estátua, busto, etc., vem acompanhado de alguns pormenores técnicos da obra, incluindo a autoria, e uma pequena biografia dos representados.
“Todos os Povos veneram os seus santos, glorificam os seus heróis, honram os seus cientistas, amam os seus artistas, lembram as suas figuras populares.
A estatuária dum povo reflecte a sua sensibilidade, as suas preferências perante a sua história, concretizando em expressão artística, um sentimento colectivo. […] As estátuas são o adorno das cidades. Uma cidade sem estátuas é uma mulher sem brincos e sem anéis; sem pulseiras e sem colares.
Uma cidade sem estátuas é uma cidade nua.
Em Lisboa, ergueram-se monumentos a personalidades – santos, heróis, cientistas, navegadores, políticos e reis – ergueram-se monumentos em memória de grandes acontecimentos que marcaram a nossa história – guerras, descobrimentos marítimos, revoluções – mas também se esculpiram muitas estátuas alegóricas referentes à mitologia, às figuras populares e muitas em enaltecimento de sentimentos honrosos.”
(excerto da introdução)
Índice geral:
I - Figuras Exteriores
1. Acontecimentos. 2. Personalidades. 3. Alegorias. 4. Figuras Decorativas.
II - Figuras Interiores
1. Acontecimentos. 2. Personalidades. 3. Alegorias.
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Discreto carimbo de posse na f. rosto.
Invulgar.
15€

29 outubro, 2013

ARAUJO, Alberto Vellozo d’ – POLITICA RURAL. A Instrucção Agricola da Mulher Portugueza. : sua opportunidade, utilidade e razão de ser. (Conferencia esboçada, na tarde de 9 de Setembro, em Lamego, por occasião da Parada Agricola; continuada no Porto, na noite de 20 de Outubro, no Salão do Atheneu Commercial do Porto; e integralisada, na noite de 24 de Novembro, na Sociedade de Geographia de Lisboa). Porto, Officinas do “Commercio do Porto”, 1918. In-8.º (20,5 cm) de [6], 58, [2] p. ; B.
1.ª edição.
Conferências do autor, enriquecidas com correspondência trocada com algumas personalidades que se pronunciaram sobre o tema.
“Eu defendo a educação da mulher sob todos os pontos de vista que a tornem uma creatura independente no grande meio social, e qua a defendam de viver mais ou menos escravisada á vontade do homem, ou constituindo para elle, um pesado encargo. […] A mulher, assim, seria um optimo elemento, e especialmente, neste momento, em que nos vão faltar grandes elementos de trabalho, promovido pelas contingencias da emigração forçada e da guerra. Portugal vae ter aquella falencia de braços que são, na historia, o prologo das fomes e das grandes crises, e é indispensavel que a mulher, até onde seja possivel, substitua o homem que nos falta, e entre no campo agricola com a consciencia do saber.”
(Excerto da carta de Manuel Vieira Natividade, Alcobaça)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Muito invulgar.
Indisponível

27 outubro, 2013

BRANCO, Comandante Fernando - NOVELAS MARÍTIMAS. Episódios da vida do marinheiro a bordo. Lisboa, Livraria Sá da Costa-Editora, 1929. In-8º (19cm) de [8], 284 p. ; B.
1.ª edição.
Colecção de crónicas marítimas, onde se contam alguns episódios da Grande Guerra, com especial relevância para o comovente O Fraticídio!.
De acordo com o autor, na introdução que faz ao livro, estas Novelas, dão conta "do que é a nobre e arriscada vida do mar, o que sempre deleita e desperta curiosidade, e o de serem, mais uma vez, pedaços soltos e pobres de hinos patrióticos, ao misterioso mar que fez o nosso glorioso país, e a um dos seus maiores e mais valorosos servidores, o Marinheiro Português!"
Matérias:
I – Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse Naval…! II – Os Fogos de Santelmo! III – Um Grande Baile. Iv – O Primeiro Mergulhador. V – No Mato… VI – O Fim de um Corsário!... VII – O Comandante em Chefe. VIII – A Visita dos Grandes da Terra. IX – O Fraticídio!. X – Os Grandes Padrões.
Encadernação do editor inteira de percalina com dourados a seco e a ouro nas pastas e na lombada.
Exemplar em bom estado de conservação. Apresenta assinatura de posse na f. rosto. 
Invulgar.
Indisponível

26 outubro, 2013

QUEIROZ, Eça de - PROSAS BARBARAS. Com uma Introducção por Jayme Batalha Reis. Porto, Livraria Chardron, 1903. In-8.º (18,5 cm) de LIII, [1], 246, [2] p. ; E.
1.ª edição.
Ilustrada com fotografia do "Monumento erigido a Eça de Queiroz, obra do eminente esculptor Teixeira Lopes.".
Obra póstuma, publicada três anos após a morte de Eça.
De acordo com o «Dicionário de Eça de Queiroz», organizado por A. Campos Matos, a introdução de J. Batalha Reis, amigo íntimo de Eça, a obra "é de importância fundamental para o conhecimento da 1.ª fase literária de Eça". Batalha Reis refere ainda "as influências literárias, nacionais e estrangeiras de Eça de Queiroz nessa época e analisa o despontar das originalidades da sua escrita".
Encadernação do editor inteira de percalina com ferros gravados a seco e a ouro nas pastas.
Exemplar em bom estado geral de conservação. Desgaste de manuseio na pasta posterior, junto à lombada. Parte superior da f. anterrosto colada na f. guarda.
Invulgar.
30€

24 outubro, 2013

SOUSA, Alfredo d'Almeida Ferreira de - BREVES CONSIDERAÇÕES SOBRE O MELHORAMENTO DAS RAÇAS CAVALLARES EM PORTUGAL. Instituto de Agronomia e Veterinaria. Dissertação inaugural apresentada e defendida por... Outubro 1907. Lisboa, Typographia de Eduardo Rosa, 1907. In-8º (21,5cm) de 99, [1] p. ; [1] mapa ; B.
Contém mapa desdobrável da distribuição dos cavalos reprodutores pelos postos hípicos no ano de 1907.
Valorizado pela dedicatória autógrafa do autor.
"É bello todo o cavallo em que ha uma perfeita harmonia adaptação dos orgãos ou regiões ás suas funcções, e do conjuncto ao serviço a que o animal é destinado.
Belleza é em hippologia synonimo de bondade.
Descrever um cavallo é, pois, descrever as suas bellezas, já a absoluta, que deve existir em todos seja qual fôr o serviço a que são destinados, já a relativa, que constitue uma aptidão para um serviço especial."
(excerto do texto)
Matérias abordadas:
- Introducção. - Historico. - O cavallo: Antemão. Membros anteriores. Corpo. Postmão. Membros posteriores. Aprumos. Apreciação do conjuncto, da energia e temperamento do cavallo. Cavallo de sella. Cavalo de tiro. - Raças portuguezas e mestiços. - Reproductores: Typos francezes. Typos inglezes. Typo hespanhol. Typos portuguezes. Typos orientaes. Raça aficana. - Eguas fantis. - Regiemen alimentar. - Conclusões.
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Falha de papel no topo e na parte inferior da capa.
Raro.
Indisponível

23 outubro, 2013

KARLOFF, Boris – ANTOLOGIA DO HORROR. Lisboa, Arcádia, 1975. In-8.º (20,5cm) de 233, [3] p. ; B.
1.ª edição portuguesa.
Conjunto de contos de terror reunidos por Karloff com a inclusão de textos dos grandes mestres do género: Frank Gruber, Edmond Hamilton, Edgar Allan Poe, entre outros.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
10€

22 outubro, 2013

CARVALHO, Gomes de – PARA ENTRETER. Anedoctas. – Contos. – Lendas. – Poesias. – Curiosidades, etc., etc. Originaes, traduzidas e collecionadas por… Lisboa, [s.n.], 1896. In-8.º (16 cm) de [2], 154, [6] p. ; E.
1.ª edição.
Colecção de textos em poesia e em prosa da autoria de destacadas figuras da literatura nacional e estrangeira, onde se destacam, entre outros: Teixeira de Aragão; Alberto de Oliveira; Alfredo Mesquita; Antero de Figueiredo; Bento Moreno (pseud. de Teixeira de Queiroz); Camilo Castelo Branco; Coelho Neto; Fialho de Almeida; Guerra Junqueiro; João de Deus; Olavo Bilac; Victor Hugo.
Muito valorizado pelos 7 textos de Camilo, 4 deles inéditos (Anonymo, Filinto Elysio, Dinis da Cruz e Candido de Figueiredo), pela primeira vez publicados nas páginas deste livrinho. Referência especial para o texto reproduzido abaixo (Anonymo) e para a biografia satírica de Filinto Elísio.

“É ignoto este pai que se carpia. Ha bastantes anos que me deram n’uma relação o original d’estes queixumes anonymos. O redactor do diario refugou-os como ataque á vida particular dos examinadores do lyceu portuense. Guardei-os, e reservei para agora a escandalosa publicidade do ataque á vida particular dos cavalheiros nomeados na poesia.

Lamentaçoens de um pai

Eu bem quizera, meu filho,
Que tu não soubesses ler;
Que só assim podes ter
Dinheiro ahi como milho.

Mas teima e quer tua mãe
Por motivos indiscretos
Que saibas Lugares selectos,
E Geographia tambem.

E quer que eu soffra e me cale,
Se te vir com o emplasto
D’aquella Historia do casto
Conselheiro, mestre Viale.

Meu filho, tudo isso é lixo.
Se eu te fizesse barão,
Que te faltava, pimpão?
Grande albarda com rabicho.

Arcanjo da estupidez,
Que moras na Academia,
Livra-nos d’esta mania
De estudar o portuguez!

Livra-nos da mão pedagogica
Do Dantas que faz latim,
Do rhetorico Delfim,
E do Costa que faz logica.

E te rogo com empenho
Que nos livres da estopada
D’aquella lingua espalmada

Do arabico Soromenho.
Ai filho! Deus te não traga,
A uns cursos superiores
Que são cursos inferiores
d'um tal Theophilo Braga."

(Anonymo, Lamentaçoens de um pai, Camilo Castelo Branco)

Encadernação inteira de percalina com título e motivos florais gravados a seco e a negro na pasta anterior. Sem capas de brochura.
Raro.
Indisponível

19 outubro, 2013

DIAS, João José Alves - INICIAÇÃO À BIBLIOFILIA. 2.ª Feira do Livro Antigo. Lisboa, Pró-Associação Portuguesa de Alfarrabistas, 1994. In-8.º (21cm) de 78, [2] p. ; il. ; B.
1.ª edição.
Ilustrado com numerosas reproduções de gravuras e portadas de livros antigos.
"Que é um bibliófilo. Traduzindo à letra, um bibliófilo (do Grego biblion, livro, e philos, amigo) é um amante de livros."
(excerto da introdução)
João José Alves Dias (Abrantes, 1957). "É um professor universitário e historiador português.
Licenciou-se em História pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa onde igualmente se doutorou em História da Idade Moderna e se agregou em História de Portugal. É professor da mesma faculdade onde rege cadeiras no âmbito da História Medieval e Moderna. Dirige o Centro de Estudos Históricos da Universidade Nova de Lisboa, responsável por um vastíssimo trabalho de publicação de fontes históricas."
Exemplar em bom estado de conservação.
Invulgar.
Indisponível

18 outubro, 2013

O LIVRO DAS MIL E UMA NOITES. Introdução de Aquilino Ribeiro. Lisboa, Editorial Estúdios Cor, 1958-1962. 6 vols in-4º. (23cm) de 462, [2] p. (I), 622, [2] p. (II), 550, [2] p. (III), 580, [2] p. (IV), 564, [2] p. (V), 520 p. (VI) ; il. ; E.
Traduções de Aquilino Ribeiro, Branquinho da Fonseca, Carlos de Oliveira, Celeste Andrade, David Mourão-Ferreira, Domingos Monteiro, Irene Lisboa, João Gaspar Simões, José Gomes Ferreira, José Rodrigues Miguéis, Nataniel Costa, Jorge de Sena, J. Saramago, Urbano Tavares Rodrigues.
Ilustrações de Alice Jorge, António Charrua, Bartolomeu Cid, Bernardo Marques, Cândido Costa Pinto, Carlos Botelho, Cipriano Dourado, Fernando Azevedo, Infante do Carmo, Jorge Martins, Júlio Gil, Júlio Pomar, Lima de Freitas, Manuel Lapa, Maria Keil, Sá Nogueira e Vaz Pereira.
Fernando Azevedo desenhou as vinhetas e as capitulares.
Obra monumental deste clássico da literatura, a melhor que se publicou entre nós. Edição magnífica, de grande sentido estético e apuro gráfico, impressa em papel de qualidade superior, profusa e belíssimamente ilustrada a p.b. e a cores no texto e em separado.
Encadernação do editor em tela com ferros gravados a seco e a ouro e vermelho nas pastas e na lombada; corte superior das folhas carminado.
Exemplares em bom estado de conservação.
Valioso conjunto, muito procurado.
Indisponível

17 outubro, 2013

GOUVEIA, Horácio Bento de – PÁGINAS DE JORNALISMO. Alcobaça, Papelaria e Tipografia Minerva, 1933. In-8º (19cm) de [6], VI, [2], 74, [6] p. ; B.
Com uma carta-prefácio de Hernâni Cidade.
1.ª edição. Impressa em Alcobaça, em papel de qualidade superior.
Conjunto de crónicas saídas da pena de Horácio Bento de Gouveia, corajoso e emérito escritor madeirense, onde aborda os mais variados assuntos: a pobreza dos humildes na Madeira, viagens, literatura, história, etc. Uma das crónicas é dedicada a Camilo Castelo Branco.
Horácio Bento de Gouveia (1901-1983), “O Retratista da Vivência Madeirense”. Nasceu em Ponta Delgada, freguesia do norte da Madeira, concelho de S. Vicente, em 1901. Colaborador da imprensa, foi jornalista, ensaísta, conferencista, cronista e ficcionista, tendo publicado crónicas, contos e romances, bem como desenvolvido outras actividades radiofónicas e televisivas, a nível regional – programas sobre aspectos histórico-culturais da Ilha e sobre a Língua e Cultura portuguesas. Por isso mesmo, mas também pela tentativa de descrever a “madeiridade” de que a obra dá conta, o escritor Horácio Bento de Gouveia é, hoje em dia, considerado por muitos o Vitorino Nemésio madeirense. Algumas das maiores figuras literárias da época, com destaque para Hernâni Cidade, Aquilino Ribeiro, Ferreira de Castro e Joaquim Paço d’Arcos, fizeram salientar em documentos manuscritos ou impressos, o génio do prosador natural da Ilha, louvando os méritos da sua prosa aprumada, escorreita e criativa, conferindo-lhe, com os seus destacados encómios, dimensão nacional. Veio a falecer a 23 de Maio de 1983, no Funchal.”
Exemplar em bom estado de conservação. Capa apresenta mancha vertical ao centro.
Invulgar e muito apreciado.
Indisponível

16 outubro, 2013

GONÇALVES, José & GUIMARÃES, Julio - O SABÔR DO FADOPrefacio do jornalista Alves Morgado. Carta do poeta Carlos Conde. Lisboa, Edição dos Autores, 1927. In-8.º (16 cm) de [48] p. ; il. ; B.
1.ª edição.
Ilustrado com os retratos dos autores em página inteira.
Valorizado pela sua dedicatória autógrafa "ao critico literario do jornal "A Situação".
"É o presente volume publicado sem pretensões de especie alguma. Escrito ao correr da pena e nas horas de ocio, não obedece a qualquer estilo, regra ou feição literaria que só lhe poderia dar o homem de letras ou o poeta insigne, aliás, o que não sômos, nem pensamos virmos a ser."
(Excerto da introdução)

"CORAÇÃO - sino d'ermida
Que temos dentro de nós:
Vai tocando enquanto ha vida,
Morre a gente - perde a voz"

Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas oxidadas.
Contracapa apresenta riscos de tinta.
Muito raro.
Indisponível

15 outubro, 2013

O "SECULO" TRAIDOR. O Judas Silva Graça. "O Seculo" vendido. O renegado Silva Graça. Os trez ratas. O rico palacio do Rugeroni. As grandes "chantages". Pai, Filho & Genro. Judet-Judas de Portugal. Preço: 2 centavos. Artigos transcriptos do jornal "O Tempo". Lisboa, Luiz de Judicibus, 1920. In-8º (20cm) de 79, [1] p. ; B.
Opúsculo verrinoso, procura cobrir de rídiculo o jornal «O Século» e o seu director, Silva Graça.
"Continua O Seculo na sua campanha venenosa. Está no seu velho elemento. O Seculo é aquilo. O contrario, isto é, a ponderação e a sizudez, são mascaras, que coloca de vez em quando, para conseguir determinados fins, mas que deixa cair ao primeiro empuxão.
Havia quem pensasse que com a ausencia do sr. Silva Graça e com a lição proveitosa de longos anos de estrangeiro, O Seculo tinha mudado de processo.
Enganaram-se.
O sr. Silva Graça voltou e O Seculo tornou aos seus processos, aos processos tão velhos e tão conhecidos de todos nós.
[...]
Porque não ficou o sr. Graça por Paris?
Toda a gente sabe o despreso que ele tem por Portugal e pelo povo portuguez, que tem explorado mas a quem se refere, nas suas conversas intimas, com o maior cinismo."
(excerto do Cap. I - As infamias do «Seculo»)
José Joaquim da Silva Graça (1853-1931). "Foi jornalista e director do Jornal O Século, e um empenhado divulgador da causa republicana em Portugal."
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação.
Invulgar.
10€

14 outubro, 2013

SANTOS, Ary dos – JÚLIO DINIZ E A VIDA FORENSE. Lisboa, [sn. – imp. Centro Tip. Colonial], 1948. In-8º grd. (21cm) de 231, [5] p. ; B.
1.ª [e única) edição.
Ensaio muito curioso. Análise da obra de Júlio Dinis, sob um ponto de vista jurídico, através do carácter das suas personagens.
Matérias:
- Manchas no setim cor-de-rosa. – O Dr. Teófilo. – O negro crime do Cancela. – Da arte de legislar. – Advogados de trazer por casa… Mourisca. – Testemunhas e demandistas profissionais. – Expropriações por utilidade pública. – O juiz eleito. – Critérios deontológicos. – O bom Dr. Menezes. – Viagem através dos Códigos. – Em casa de Tália. – Gente vária. 
Alfredo Ary dos Santos (1903-1975). Advogado lisboeta. Politicamente, definia-se como de extrema direita. Publicou diversas obras de índole jurídica sobre temas sociais e outros, e o polémico D. Quixote Bolchevick sobre a Guerra Civil de Espanha.
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Assinatura de posse na capa.
Raro.
15€

13 outubro, 2013

CASTELLO BRANCO, Camillo – VINTE HORAS DE LITEIRA. Lisboa, Livraria de Campos Junior, [s.d. – 1864]. In-8º (18cm) de [4], VI, 281, [3] p. ; E.
1.ª edição (na variante «Campos Junior»). Contém o catálogo das obras editadas pela livraria Campos Júnior no verso da f. anterrosto e as erratas no final do livro.
“O progresso é uma voragem!
A liteira já se debate nas fauces do monstro. Vai cahir a fatal hora! D’aqui a pouco, a liteira desapparecerá da face da Europa.
O derradeiro refugio da anciã era Portugal. Nem aqui a deixaram n’este museu de antigualhas! Nem aqui! A pobresinha, a decrepita coberta do pó e suor de sete seculos, tirita estarrecida de pavor, escutando o hórrido fremir do wagon, que bate as crepitantes azas de infernal hippogripho.
Ao passo que o vapor talava os plainos, galgava ella, espavorida, os desfiladeiros para esconder-se. Mas o camartello e o rôdo escalaram o agro e penhascoso das serras, e a liteira, acossada pelo Char-à-bancs, sumiu-se ainda nas veredas pedregosas, e acoutou-se á sombra do solar alcantilado e inaccessivel ao rodar da sege.
É ahi que a coeva do Portugal das chronicas se estorce e vasqueja no ultimo alento."
(excerto da introdução)
Encadernação em meia de pele com ferros gravados a ouro na lombada.
Exemplar em bom estado geral de conservação. Pastas com defeitos; lombada apresenta falha de pele (3cm) no topo. Assinatura de posse na f. rosto; carimbo de posse na 1.ª f. texto.
Muito invulgar.
Indisponível

12 outubro, 2013

VITÓRIA, Simeão - O NOVE DE ABRILBreves palavras proferidas na Sessão Solene realizada em 11 de Abril de 1925, no Liceu Central de Salvador Correia, de Loanda, Angola. Loanda, Composto e Impresso na Tipografia Minerva, 1925. In-4º (22,5cm) de 14, [2] p. ; B.

Valorizado pela dedicatória autógrafa do autor ao Capitão Augusto Casimiro.

Raríssimo opúsculo publicado em Luanda com o intuito de, nas palavras do autor, homenagear os bravos mártires que na Flandres, Cunene e Rovuma, ergueram bem alto o espírito da Raça.

"Quanto mais valente é o inimigo,
tanto mais gloriosa é a vitória sobre o mesmo."
Von Hindenburg

"«Nove de Abril!» Este nome não é um nome de luto, um nome de morte!
[...]
Se a avalanche teutónica caiu pesadamente sôbre as nossas reduzidas tropas, na Flandres, flagelando-as, tingindo com o seu sangue o solo da França, reflectindo de lá para a Ocdidental Praia, o caudal rubro do martírio, dêsse golpe formidavel, impossível de conter em suas proporções gigantescas, uma acção sobrelevou a todas, plena de dignidade, de bravura, de brilho, numa bandeira de beleza.
Não foi em debandada, em fuga corrente, diante do exército alemão, o nosso exército.
Os espíritos superficiaes não merecem atenção dizendo o contrário.
Quem faz justiça aos nossos soldados não sou eu, que de mim êles não carecem, é o senhor General Gomes da Costa, é mais alguem além da alma portuguesa, é o próprio inimigo - o Marechal Hindenburgo.
[...]
"O «9 de Abril» é um sol despontando sôbre o nosso lar, acordando-o, fazendo revibrar suas energias latentes. Esse feito de armas onde travaram lutas homéricas - que o diga Lacouture, pedestral de glória do bravo Capitão Roma e de seus bravos companheiros - atesta bem às gerações d'hoje que o sangue lusíada não morreu, que a Raça de Nun'Alvares é ainda da têmpera antiga, que sômos capazes de grande cometimentos."
(excerto do texto)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capa apresenta falha de papel no canto superior dto.
Muito raro.
Sem indicação de registo na Biblioteca Nacional (BNP).
Indisponível

11 outubro, 2013

CARQUEJA, Bento - O FUTURO DE PORTUGAL. 2.ª edição. Portugal após a guerra. Porto, Livraria Chardron, de Lello & Irmão, L.ᵈͣ, 1920. In-8º (19cm) de 364 p. ; B.
Muito valorizado pela dedicatória autógrafa do autor.
Estudo político, económico, industrial e social. Aponta caminhos para o renascer português do pós-guerra (18914-1918).
"A segunda edição d’esta obra coincide com um aspecto da vida nacional, em que Portugal carece de conhecer de perto os recursos de que dispõe para se rehabilitar da depressão provocada pela grande guerra e para acompanhar as outras nações na nova phase da sua existencia. Essa reabilitação e o progresso a ella inherente assemem variadas feições e envolvem grande numero de questões, cujo estudo se torna indispensavel realizar e concretisar em soluções práticas.
É o problema social; é o problema politico; é o problema economico; é o problema financeiro; é o problema colonial e, dentro de cada um d’elles, encerram-se elementos preciosos para alcançar esse resultante final que se resume n’esta aspiração maxima da alma de cada portuguez – O futuro de Portugal.
A nossa reabilitação economica, especialmente, apresenta-se-nos sob quatro aspectos, qual d’elles mais impressionante:
O capital-homem.
A terra.
O trabalho.
O commercio.
[…]
É preciso apurar bem a fundo os predicados da nossa raça; avaliar com bastante attenção os recursos da nossa terra; conhecer bem fria e imparcialmente a essencia dos nossos erros passados, para se reconhecer, por uma fórma nitida e impeccavel, que Portugal não é esse paiz decadente, moribundo, carpido por tantos espiritos dolentes: É antes a nação cheia de vitalidade, dignificada pela Historia, dispondo de recursos de toda a ordem para poder equiparar-se ás nações que melhor se aprestem para o futuro modo de ser das nacionalidades.”
(excerto de prefácio)
Bento de Sousa Carqueja (1860-1935). “Foi um empresário, publicista, escritor, naturalista e professor da Universidade do Porto. Para além de ter dirigido O Comércio do Porto, esteve na origem de diversas iniciativas cívicas levadas a cabo pela obra social daquele periódico e de importantes investimentos públicos e privados, em especial no concelho de Oliveira de Azeméis. Foi sócio da Academia das Ciências de Lisboa."
Exemplar brochado, em grande parte por abrir, em bom estado geral de conservação. Lombada restaurada com fita gomada.
Invulgar.
Indisponível

07 outubro, 2013

GAGO, Jacintho (Faria e Maia) - O CAPITÃO MAGNO : romance de critica humoristica. Lisboa, Livraria Ferreira, 1911. In-8º (19,5cm) de XVI, 351, [1] p. ; B.
"Ainda não tinhamos impresso metade d'este novo livro quando se proclamou a Republica.
Destinado a um mesmo publico, este meu segundo livro tinha de ser uma critica humoristica do presente, com uma ligeira lembrança patriotica do passado."
(excerto da introdução)
Jacinto Gago Machado de Faria e Maia (1874-1925). “N. S. José, Ponta Delgada, 7.10.1874 – m. Paris, 1925. Era filho de Francisco Machado de Faria e Maia e de Mariana da Silveira Gago da Câmara. Enquanto estudante em Coimbra foi companheiro de Eugénio de Castro, de Manuel da Silva Gaio, Afonso Lopes Vieira, Carlos Mesquita, Thomaz de Noronha, Ruy da Câmara, Freitas Leal, Joaquim José Fernandes, Júlio de Vilhena, do Marquês da Ribeira Grande. No Liceu de Ponta Delgada foi colega de Humberto Bettencourt, Aníbal Bicudo, Rodrigo Rodrigues, José Bruno Carreiro. Entre 1914 e 1915, durante o governo de Bernardino Machado, exerceu o cargo de Governador Civil do Distrito de Ponta Delgada. Era republicano e aceso defensor do desenvolvimento autonómico dos Açores, nomeadamente através de uma melhor representação dos açorianos na Assembleia da República. Por esse motivo, escreveu várias vezes sobre «a união dos açorianos» em torno de um bem comum, lutando contra os imperativos partidários que deixavam de parte os reais interesses da região.”
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Apresenta defeitos na lombada; pequena falha de papel no canto superior dto da capa.
Muito invulgar.
15€

06 outubro, 2013

MORAES, Wenceslau de – RELANCE DA ALMA JAPONEZA. Lisboa, Portugal-Brasil : Sociedade Editora Arthur Brandão & C.ͣ, [192-]. In-8º (18,5cm) de 256, [4] p. ; E.
“Depois de ser publicado o meu livro anterior, Relance da Historia do Japão, saltou-me ao espírito a ideia de dar também publicidade ao presente Relance e assim completar um ligeiro ensaio de estudo da família japoneza. Eis a razão de ser do Relance da alma janoneza. Historia de um povo e alma de um povo são coisas bem differentes, mas certamente associadas e auxiliando-se para um fim […] sendo meu intuito reunir em resumo tudo que o povo japonez me havia ensinado pelo contacto de longos anos, e assim obter maior somma de probabilidades para attingir quanto possível o meu proposito.”
(excerto da introdução)
Matérias:
I – Primeiras ideias. II – A linguagem. III – A religião. IV – A historia. V – A vida na família. VI – A vida na tribu. VII – A vida no Estado. VIII – O amor. XIX – A morte. X – A arte e a litteratura. XI – Synthese dos aspectos. XII – Té onde irá a alma japoneza.
Venceslau José de Sousa de Morais (Lisboa, 1854-Tokushima, 1929). “Foi um militar da Marinha Portuguesa e escritor. Após ter frequentado a Escola Naval serviu a bordo de diversos navios da Marinha de Guerra Portuguesa. Em 1889, viaja até ao Japão, país que o encanta, e onde regressará várias vezes nos anos que se seguem no exercício das suas funções. Em 1898 muda-se definitivamente para o Japão, como cônsul em Kobe. Durante os trinta anos que se seguiram Venceslau de Morais tornou-se a grande fonte de informação portuguesa sobre o Oriente, partilhando as suas experiências íntimas do quotidiano japonês com os seus leitores portugueses."
Encadernação em meia de percalina com dourados sobre rótulos carmim na lombada. Conserva a capa de brochura.
Exemplar em bom estado de conservação.
Invulgar e muito apreciado.
20€

04 outubro, 2013

PESSOA, Alfredo Amorim – OS BONS VELHOS TEMPOS DA PROSTITUIÇÃO EM PORTUGAL. Antologia de histórias e documentos colhidos na História da Prostituição em Portugal de Alfredo Amorim Pessoa (1887). Realização e anotações de Manuel João Gomes (1976). Com as licenças necessárias e privilégio d’el rei. Lisboa, Arcádia, 1976. In-8º (20,5cm) de 248 p. ; il. ; B.
1.ª edição.
Ilustrado com gravuras no texto.
“Este livro não pretende de modo algum desenvolver um estudo exaustivo sobre a prostituição em Portugal mas coloca uma pergunta inquietante: que diferença existe entre as relações sexuais dentro da prostituição e as relações sexuais convencionais? A partir daqui o autor analisa a história do adultério da libertinagem de tudo o que possa chamar-se «sexualidade» e a qual faz equivaler à devassidão extrapolando frequentemente para o campo da pura moralidade. A ideia central deste historiador e que preside ao seu exercício histórico é esta: cada século é sempre mais impuro do que o anterior. A Amorim Pessoa não interessa tanto estudar a prostituição enquanto fenómeno político-social mas expor os princípios que nas nossas sociedades feudais-burguesas norteiam as relações familiares. Esta obra (aqui compilada e anotada por Manuel João Gomes) vale sobretudo como documento psicológico de uma época – o fim do século XIX altura em que este trabalho conheceu grande publicidade e êxito.”
Matérias:
1.ª Parte – Pré-história da prostituição portuguesa.
2.ª Parte – História propriamente dita de Portugal.
3.ª Parte – Onde a história propriamente dita dá lugar a uma miscelânea jornalística.
Conclusão – Século XXI à vista.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar e muito curioso.
Indisponível

03 outubro, 2013

GRAVE, João – O MUTILADO : romance. Segunda edição, emendada. Porto, Livraria Chardron, de Lélo & Irmão, L.ᵈᵃ, 1919. In-8º (19cm) de 379, [1] p. ; E.
Romance de João Grave terminado em Outubro de 1917, durante a Grande Guerra, durante o período de permanência do C.E.P. em França, e publicado na sua edição original, no ano seguinte, em 1918.
“Havia já duas horas que D. Joana tinha voltado da estação do caminho de ferro onde, com um doloroso e profundo beijo, fôra despedir-se do filho que nessa triste manhã de heroísmo e de angústia partira para a guerra […]
- Ouve – dizia ela – hás-de escrever-me sempre que puderes. Lembra-te que as tuas cartas vão ser a minha única visita consoladora, a companhia do meu desamparo.
- Oh! Mamã! Que recomendação a sua! – exclamava Duarte, afagando-a. Pois está claro que escreverei… Não perca a esperança! Verá que hei-de voltar brevemente. A guerra, que não pode durar muito, é sempre mais dramática vista a distância e desfigurada pelas narrativas dos jornais, do que vista de perto… […]
A cidade oferecia um aspecto de desolação e de penetrante melancolia debaixo do céu cinzento e hostil; mas um frémito de entusiasmo pulsava no coração da mocidade – toda uma primavera humana! – que se dirigia, cantando, aos fulgurantes campos de batalha como se vibrasse já sob a influência prodigiosa dos combates e como se a glória para ela estendesse os seus olímpicos braços braços de luz.”
(excerto do Cap. I)
Encadernação editorial inteira de percalina com ferros gravados a ouro nas pastas e na lombada.
Exemplar em bom estado de conservação. Assinatura de posse na f. rosto.
Invulgar.
Indisponível

02 outubro, 2013

ACWORTH, D.S.O., R.N., Captain Bernard – A VIDA NUM SUBMARINO BRITÂNICO. [Lisboa], [Embaixada Britânica], [194-]. In-8º (14x16cm) de 46, [2] p. ; mto il. ; B.
Opúsculo muitíssimo ilustrado com fotografias a p.b. em que retrata os diversos aspectos da vida a bordo nos submarinos da Royal Navy, durante a 2.ª Guerra Mundial.
“Os submarinos são navios de guerra bastante diferentes dos outros que sulcam os mares e muito diversa é a vida que a bordo deles se leva.
São dois os tipos principais em que se dividem: os de longo curso e os destinados a serviço costeiro:
Os da classe “Clyde”, são os maiores e os de grande raio de acção, deslocando 1.800 toneladas à superfície…
Os submarinos costeiros da classe “Ursula”, “Shark” e “Swordfish” jogam 600 toneladas e operam em geral nas proximidades das bases…”
(excerto do texto)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Muito invulgar.
10€

01 outubro, 2013

SALDANHA, Eduardo de Almeida – A OBRA DA DITADURA MILITAR. (Contribuição para o seu estudo). Lisboa, Tipografia Futuro, 1932. In-4.º (25cm) de [2], 48 p. ; B.
1.ª edição.
Opúsculo crítico do regime da Ditadura Militar.
Os políticos, no combate contra a ditadura militar, deviam mudar de rumo: que em vez de começarem por gastar milhares de contos em armamento e munições, deviam começar por empregar algumas dezenas ou mesmo centenas deles em livros de boa propaganda, porque, conquistados a seu favor o coração e o cérebro da população, naturalmente ficaria galvanizado o seu braço contra o militarismo, que explora sem medida em seu proveito e no do estrangeiro que a mantém em servidão. […] Eu compreendo o desinteresse dos políticos pelos meus livros, porque é mais popular nos centros urbanos a arte de demagogo e até a de bandido, do que a doutrina de enriquecer os povos pelo trabalho, pela disciplina, pela ordem, pela moralidade; mas nem por isso têm sido melhor sucedidos: a arrancada da Ilha da Madeira, bem como as duas tentativas que depois disso se esboçaram no Porto e em Lisboa, só vieram consolidar a Ditadura Militar, que em todas essas ocasiões corria risco de se desconjuntar.”
(excerto do texto)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
10€