31 julho, 2013

BENAVENTE, Ana - A LITERACIA EM PORTUGAL : resultados de uma pesquisa extensiva e monográfica. Estudo realizado pelo Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa com base num protocolo com o Conselho Nacional de Educação e a Fundação Calouste Gulbenkian. Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian : Serviço de Educação / Conselho Nacional de Educação, 1996. In-4º (24,5cm) de XIII, [1], 429, [5] p. ; il. ; B.
Ilustrado no texto com gráficos e quadros estatísticos.
"O Estudo Nacional de Literacia é o primeiro estudo realizado em Portugal que utiliza uma metodologia de avaliação directa das competências de leitura, escrita e cálculo da população adulta (dos 15 aos 64 anos)."
(excerto da apresentação)
Plano da Obra
Apresentação
Parte A: Introdução
Capítulo 1. O Estudo Nacional de Literacia: enquadramento teórico-metodológico.
Parte B: Análise Extensiva
Capítulo 2. A população, as práticas e as auto-avaliações de literacia.
Capítulo 3. Construção dos níveis de literacia.
Capítulo 4. Níveis de literacia da população adulta.
Capítulo 5. Análise relacional da literacia: níveis, práticas e auto-avaliação.
Parte C: Análises Monográficas
Capítulo 6. Minorias e literacia: imigrantes guineenses em Portugal (por Fernando Luís Machado).
Capítulo 7. Relações dos jovens com a literacia: contextos de socialização em meio operário (por João Sebastião).
Capítulo 8. A literacia no quotidiano dos idosos: duas freguesias no centro histórico de Lisboa (por Leonor Teixeira e Miguel Fontes).
Capítulo 9. Literacia numa vila do interior: trabalhadores fabris e do pequeno comércio (por Leonor Teixeira e Miguel Fontes).
Capítulo 10. Agricultores e literacia: relação com a informação institucional e vida quotidiana no Centro Litoral (por Helena Caninhas Dias).
Parte D: Conclusão
Capítulo 11.Implicações sociais da literacia.
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Discreta assinatura de posse na f. rosto.
Esgotado.
15€

30 julho, 2013

CATÁLOGO DE AZULEJOS ESTILO SÉCULOS XVII E XVIII - FÁBRICA CERÂMICA DO CARVALHINHO, LIMITADA. Arco do Prado : Vila Nova de Gaia - Portugal. [S.l.], [s.n.] - Lito. União - Gaia, [194-]. In-8º (18cm) de [2] p. ; [24] f. il. ; B.
Catálogo da importante e já extinta Fábrica de Cerâmica do Carvalhinho. Edição impressa sobre papel de qualidade superior, toda ilustrada com modelos de azulejos fabricados pela Fábrica do Carvalhinho.
"Localizada em Vila Nova de Gaia, produzia notáveis peças de cerâmica nacional como exemplo azulejos brancos ou de côres mas sobretudo famosos e inconfundíveis azulejos estilo antigo, copiados nos Conventos, Mosteiros e Casas Solarengas, dos séculos XVII e XVIII, por onde se encontram espalhados exemplares valiosos."
 
"A centenária Fábrica Cerâmica do Carvalhinho, correspondendo à preferência do grande público pelo verdadeiro tipo do azulejo nacional, tem a honra de apresentar o seu novo catálogo de azulejos estilo antigo, no qual reuniu alguns dos mais notáveis padrões dos século XVII e XVIII recolhidos pelos seus artistas nos luggares onde se guardam essas verdadeiras preciosidades espalhadas por monumentos, museus, conventos e casas solarengas de Portugal de outras épocas.
Deste modo, a Direcção da Fábrica do Carvalhinho, de passo que ténicamente conseguiu elevar o seu fabrico a um extraordinário grau de perfeição, contribue para a revivescência de uma arte que corria o risco de perder-se."
(excerto da apresentação)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro.
Indisponível

29 julho, 2013

POE, Edgar - CONTOS. Traduzidos do inglês por Januário Leite. Lisboa, Portugália Editora, [s.d.]. In-8.º (19 cm) de 220, [4] p. ; B.
1.ª edição.
"É difícil fazer uma selecção das obras de Poe. Escolheram-se para este volume aquelas que melhor poderiam definir a arte e a mentalidade do autor."
(excerto do prefácio)
Contos:
- Ligeia. - A verdade sobre o caso do Sr. Valdemar. - A Mascarada da Morte Vermelha. - O Gato Preto. - Berenice. - Leonor. - O Coração Delator. - Silêncio. - Os Crimes da Rua Morgue. - A Carta roubada.
Edgar Allan Poe (1809-1849) “Foi um autor, poeta, editor e crítico literário americano, fez parte do movimento romântico americano. Conhecido pelas suas histórias que envolvem o mistério e o macabro, Poe foi um dos primeiros escritores americanos de contos e é considerado o inventor do género policial. Foi o primeiro escritor americano conhecido a tentar ganhar a vida com a escrita, tarefa árdua, com altos e baixos."
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
10€
Reservado

28 julho, 2013

DIÁRIO DE NOTÍCIAS – 140 Anos, 140 Imagens : 1864-2004. In-fólio (38cm) de 101, [3] p. ; todo il. ; E.
Livro de grandes dimensões, todo ilustrado com fotos a p.b. e cores sobre papel couché.
As imagens marcantes da História ao longo dos 140 anos de vida do Diário de Notícias.
“Esta viagem pelos últimos 140 anos constitui uma revisitação de alguns dos episódios mais marcantes da nossa História. O olhar do Diário de Notícias sobre esses acontecimentos é, também, um sinal dos tempos. Ao longo destas páginas e destas imagens, vamos captando várias visões da realidade – umas mais parciais, outras mais oficiosas e outras, ainda, que contribuíram para consolidar a imagem do Diário de Notícias como um jornal de referência.
É esse caminho, longo e nalguns momentos controverso, que aqui está retratado. Estas primeiras páginas e estas imagens são, pois, essenciais para compreender o passado e um instrumento notável para projectar o futuro. Mas são, sobretudo, uma justa homenagem a todos os profissionais que contribuíram para afirmar o Diário de Notícias como um jornal credível e independente.
Através da escrita e das imagens, onde se incluem as caricaturas de Rafael Bordalo Pinheiro ou a prosa de Eça de Queirós, o Diário de Notícias acompanhou os dois últimos séculos, levando aos seus leitores todo um universo de informação e cultura que traduziu tendências, correntes de pensamento e as mais profundas mutações da nossa sociedade.” (excerto da introdução de Miguel Coutinho, Director do Diário de Notícias)
Encadernação do editor cartonada com sobrecapa policromada.
Exemplar em bom estado de conservação.
Invulgar.
Indisponível

27 julho, 2013

CANAVEZ, Nuno - 346 LIVROS SOBRE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO. Coleccionados e descritos por... Porto, Livraria Académica, 1986. In-4º grd. (29cm) de [4], 48, [2] p. ; B.
1ª edição.
Impresso em offset.
Valorizado pela dedicatória autógrafa do autor.
Descrição técnica de 346 livros raros e(ou) com interesse para a região de Trás-os Montes e Alto Douro.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
Com interesse bibliográfico e regional.
15€

26 julho, 2013

CATÁLOGO DOS RESERVADOS DA BIBLIOTECA GERAL DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA. Coimbra, Por Ordem da Universidade [Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra], 1970. In-4.º (27,5 cm) de XVI, [2], 753, [7] p. ; il. ; B. Col. Acta Universitatis Conimbrigensis
1.ª edição.
Ilustrado com as portadas de diversos Reservados em separado.
"A noção de Reservado, expressa pelo núcleo de espécies bibliográficas que a seguir se descrevem, pode dizer-se que é uma noção de mara ordem topográfica, ou seja, o presente catálogo apenas regista as espécies que estão actualmente na Secção de Reservados da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra. Quer isto dizer que são as que ali existem neste momento, pois a Biblioteca dispõe de muitas espécies impressas que constituem preciosos cimélios que na verdade se encontram noutras secções da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra."
(Excerto da nota explicativa)
Exemplar brochado, por abrir, em bom estado de conservação.
Invulgar.
Indisponível
PIRES, António M. Bettencourt Machado - A IDEIA DE DECADÊNCIA NA GERAÇÃO DE 70. Ponta Delgada, Instituto Universitário dos Açores, 1980. In-8º grd. (22,5ccm) de 354, [2] p. ; B.
1ª edição.
Tiragem: 1.500 ex.
"Ao estudar-se a ideia de decadência na geração de 70 procurou-se a sua expressão, diferentemente modalizada, nas obras dos homens de 70; não tínhamos, pois, em vista a discussão do problema da decadência nacional, mas como essa preocupação é assumida pelos principais responsáveis daquela geração: como ensaístas, conferencistas, filósofos da História, teorizadores, romancistas ou poetas. A expressão escrita, o texto - documento foi o denominador comum."
(excerto do prefácio)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
10€

24 julho, 2013

FORTES, Agostinho e SAMPAIO, Albino Forjaz de - HISTÓRIA DA LITERATURA PORTUGUESA. Manual escolar profusamente ilustrado. Lisboa, Livraria Popular de Francisco Franco, 1936. In-8º (20,5cm) de 592 p. ; il. ; E.
A História da Literatura Portuguesa. Do período medieval até à década de 30 do século passado. Contém um estudo individual mais cuidado das personalidades de maior relevo da nossa literatura: Luís de Camões, o Pe. José Agostinho de Macedo, Eça de Queirós e muitos outros.
Encadernação inteira de percalina cinza com ferros gravados a negro nas pastas e na lombada.
Exemplar em bom estado geral de conservação. Rubrica de posse na f. rosto. Apresenta subinhados no texto.
Invulgar.
10€

22 julho, 2013

RIBEIRO, José Vitorino - A IMPRENSA NACIONAL DE LISBOA : subsídios para a sua história : 1768-1912. Memória premiada em primeiro lugar no concurso aberto em 27 de Junho de 1912. Lisboa, Imprensa Nacional de Lisboa, 1912. In-4.º grd. (29cm) de [4], X, 176, [6] p. ; B.
1.ª edição.
Obra impressa em papel de qualidade superior.
História da Imprensa Nacional de Lisboa, hoje Imprensa-Nacional Casa da Moeda.
"Como é mais ou menos do conhecimento de todos, deve-se à fecundíssima iniciativa do grande estadista Marquês de Pombal - como tantas outras medidas de elevado alcance social, económico, artístico, industrial ou scientífico, que antes e depois promulgara e fizera executar - a criação da Imprensa Nacional de Lisboa, que primitivamente se denominou Impressão Régia ou Régia Oficina Tipográfica."
(excerto da introdução)
Exemplar brochado, por aparar, em bom estado geral de conservação. Capas "empoeiradas", com defeitos.
Invulgar.
Com interesse histórico.
Indisponível

20 julho, 2013

MONTEIRO, Campos - A PROMESSA : peça nun acto, em verso. Porto, Livraria e Imprensa Civilização, 1921. In-8º (18cm) de 58, [2] p. ; B.
Valorizado pela dedicatória autógrafa do autor. 
Abílio Adriano de Campos Monteiro (1876-1934). “Nasceu e faleceu em Moncorvo, Trás-os-Montes. Formou-se em Medicina, tendo, com Ferreira de Castro, fundado no Porto a revista Civilização, grande Magazine Mensal, publicado entre 1928 e 1937. Colaboraram nesta revista, entre outros, Aquilino Ribeiro, Florbela Espanca e Teixeira de Pascoaes. Campos Monteiro notabilizou-se como romancista, cultivando o romance de pendor popular e regionalista influenciado por Camilo. As suas obras de ficção foram um êxito de vendas nos anos 20-30. Dedicou-se também à poesia e ao teatro.”
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas com defeitos marginais.
Invulgar.
10€

18 julho, 2013

RODRIGUES, Lydia e WACHSMANN, José - TILL, O MAGANÃO. As engraçadas travessuras de Till numa compilação extraída da literatura alemã. Com um prefácio do Maestro Ruy Coelho. Lisboa, Livraria Popular de Francisco Franco, [1949]. In-8º (19,5cm) de 158, [2] p. ; il. ; B.
Capa e desenhos do Dr. Abel Salazar Carreira.
Ilustrado com bonitos desenhos no texto.
"Till Eulenspiegel lustige Streiche, obra musical de Richard Strauss, vulgarmente conhecida entre nós, por «Travessuras de Till». [...] Para a vulgarização desta partitura de Richard Strauss, tantas vezes tocada em concertos sinfónicos e em audições radiofónicas, estava realmente indicada a apresentação, em português, das engraçadas diabrurar de Till. Agora, depois dessa leitura, se poderá compreender melhor o espírito da partitura de Richard Strauss, partitura que formalmente é de facto um «Rondó» mas em que o texto literário, como argumento, sublinha temas, ritmos, orquestração e de um modo geral explica toda a sua construção sonora."
(excerto do prefácio)
"Till viveu no século XIV, na Alemanha. Foi um trocista incorrigível, não poupando ninguém aos golpes certeiros da sua espirituosa crítica. Contam-se como suas vítimas, artífices, estalagadeiros, comerciantes, sábios, e até eclesiásticos e príncipes.
Nunca ele dava às palavras o mesmo sentido que as outras pessoas, pois traduzia tudo à letra e de tal modo procedia que zombava de toda a gente, sobre quem recaía a troça geral.
Há na vida tanta severidade e tristeza e tão pouco que faça rir, que todos lêm com agrado as divertidas proezas de Till. Sobretudo, pode tirar-se algum proveito desta leitura, por quanto não raro é, encontrar-se mais senso nas tontices de Till que em muita sabedoria dos homens."
(excerto da introdução)
Exemplar brochado, por abrir, em bom estado de conservação.
Invulgar.
10€

17 julho, 2013

DOCUMENTOS RELATIVOS AOS ACORDOS ENTRE PORTUGAL, INGLATERRA E ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA PARA A CONCESSÃO DE FACILIDADES NOS AÇORES DURANTE A GUERRA DE 1939-1945. Lisboa, Ministério dos Negócios Estrangeiros, 1946. In-4º (26cm) de VII, [1], 65, [3] p. ; B.
Conjunto de documentos, todos com a indicação "most secret"/"secretíssimo", composto pela correspondência trocada entre Salazar e os embaixadores da Inglaterra e dos Estados Unidos.
Contém reprodução dos acordos e respectivos clausulados firmados com as duas potências:
Acordo relativo ao uso de facilidades nos Açores, firmado com o Reino Unido;
Acordo entre o Governo Português e o Governo dos Estados Unidos estabelecendo a forma de participação indirecta de Portugal em operações do Pacífico.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
Com interesse histórico.
Indisponível

16 julho, 2013

ACTAS DO COLÓQUIO “A CASA LITERÁRIA DO ARCO DO CEGO” : Lisboa MM-MMI – Universidade Autónoma de Lisboa. Lisboa, EDIUAL – Universidade Autónoma Editora, S. A., 2001. In-4.º (24 cm) de 244 p. ; il. ; B. Anais : Série Histórica, Volume VII/VIII
1.ª edição.
Actas do colóquio comemorativo do bicentenário da Casa Literária do Arco do Cego, projecto tipográfico ambicioso e visionário, mas efémero. Encontro organizado pela Universidade Autónoma de Lisboa, que reuniu e publicou as comunicações que sobre o assunto apresentaram reputados especialistas e historiadores.
Livro ilustrado no texto com reproduções de gravuras produzidas na oficina da Tipografia do Arco do Cego.
Índice:
- O legado imarcescível da Casa Literária do Arco do Cego : Justino Mendes de Almeida. - Lisboa, 1800 : José-Augusto França. - Casa Literária do Arco do Cego, exemplo singular na História de Edição Ilustrada em Portugal. Apontamentos para uma biografia : Miguel Figueira de Faria. - Bocage, Tradutor para a Casa Literária do Arco do Cego : Justino Mendes de Almeida. - Racionalidade Iluminista e idealização do espaço dos mortos : Fernando Catroga. - Matéria Médica e Farmácia em Portugal nos finais do século XVIII : José Rui Pita. - Percursos do Poder e do Saber nos finais do século XVIII : o papel da Impressão Régia e da Casa Literária do Arco do Cego : Fernanda Maria Campos e Margarida Ortigão Ramos Paes Leme. - Plano Editorial e Economia da Edição : Manuela D. Domingos. - Nas margens da actividade tipográfica : a figura do “Novelista” enquanto agente de divulgação In Actu : José Augusto dos Santos Alves. - D. Rodrigo de Souza Coutinho, a Casa Literária do Arco do Cego e a difusão técnica e científica em Portugal : José Luís Cardoso. - “O Botânico Fr. José Mariano da Conceição Veloso e sua expedição na Capitania do Rio de Janeiro” : Maria Beatriz Nizza da Silva. - Museologia e História Natural em finais de Setecentos – o caso do Real Museu e Jardim Botânico da Ajuda (1777-1808) : João Carlos Brigola.
Exemplar em brochura, bem conservado.
Muito invulgar.
45€
Reservado

15 julho, 2013

ARRIAGA, José d’ – HISTORIA DA REVOLUÇÃO DE SETEMBRO. [Tomo I, II e III]. Lisboa, Typ. da Companhia Nacional Editora, [189-]. 3 vols in-4.º (25 cm) de XVI, 726, [2] p., 547, [5] p. e 689, [3] p. ; E.
1.ª edição.
"A Revolução de Setembro não é completa, como a de 1820, toda inspirada em o sentimento nacional.
Entre uma e outra épocha medeia a Santa Alliança e as invasões de seus poderosos exercitos em Napoles, Piemonte e na Hespanha, para destruirem as liberdades conquistadas por estes povos. Interpõe-se também a dementada e desanimadora contra-revolução de 1823, e o violento reinado miguelino, capaz de bestificar o povo mais culto do mundo.
Os governos reaccionarios sobrevindos á Villafrancada, a politica mesquinha e contraproducente dos cartistas de 1826 a 1828, que prepararam a victoria do absolutismo puro, e o terror branco do reinado apostolico de D. Miguel, tudo isto interrompeu a corrente de idéas creada pela revolução de 20.
[…]
Confessamos o nosso pecado: A nossa obra, filha de uma consciência recta e de sinceras e puras intenções, não é obra de estylo.
Temos em vista, sobre tudo, fazer historia, investigar bem os factos, estudar os homens e reconstituir a épocha histórica que desejamos tornar conhecida do publico."
(Excerto da Introdução)
José de Arriaga Brum da Silveira (Horta, 1844- Lisboa, 1921). “Conhecido por José de Arriaga, foi um historiador e escritor. Funcionário da Biblioteca Nacional de Lisboa, notabilizou-se pelos seus estudos de historiografia. Também se dedicou à poesia e à filosofia, revelando-se um polígrafo de mérito.”
Encadernações coevas em meia de pele com ferros gravados a ouro nas lombadas. Sem capas de brochura.
Exemplares em bom estado de conservação. Pastas e lombadas apresentam defeitos superficiais. Carimbo do Grémio Comercial do Porto na f. rosto dos três tomos. Algumas folhas denotam manchas de oxidação devido à qualidade do papel utilizado na impressão.
Invulgar.
Com interesse histórico.
Indisponível

14 julho, 2013

RAMOS, Graciliano - VIDAS SECCAS : romance. Capa de Santa Rosa. Rio, Livraria José Olympio Editora, 1938. In-8º (18,5cm) de 197, [3] p. ; B.
1ª edição.
Vidas Secas é talvez a obra mais famosa de Graciliano Ramos e, justamente, uma das mais apreciadas.
De acordo com Hélio Pólvora, Vidas Secas é um "romance escamoteável, à guisa de The Unvanquished e Go Down, Moses, de William Faulkner: podem ser desmontados em forma de contos ligados por débil fio condutor e no entanto autônomos entre si."
"Na planicie avermelhada os joazeiros alargavam duas manchas verdes. Os infelizes tinham caminhado o dia inteiro, estavam cançados e famintos. Ordinariamente andavam pouco, mas como haviam repousado bastante na areia do rio secco, a viagem progredira bastante tres leguas. Fazia horas que procuravam uma sombra. A folhagem dos joazeiros appareceu longe, atravez dos galhos pelados da catinga rala.
Arrastaram-se para lá, devagar, sinha Victoria com o filho mais novo escanchado no quarto e o bahu de folha na cabeça, Fabiano sombrio, cambaio, o aiol a tiracollo, a cuia pendurada numa correia presa ao cinturão, a espingarda de pederneira no hombro. O menino mais velho e a cachorra Baleia iam atraz."
(excerto do capítulo inicial, Mudança)
Graciliano Ramos de Oliveira (Quebrangulo, 1892-Rio de Janeiro, 1953). “Escritor, memorialista, crítico e jornalista, viveu, entre 1892 e 1910, acompanhando a família em diferentes cidades de Pernambuco e Alagoas, fixando-se finalmente em Palmeira dos Índios, cidade que será o cenário de Caetés, seu primeiro romance escrito entre 1925 e 1926. Como jornalista, atuou no Rio de Janeiro em 1914 e, a partir de 1915, em Alagoas. Exerceu diversas atividades políticas, como a de prefeito em Palmeira dos Índios em 1928 e a de diretor da Imprensa Oficial de Alagoas até 1931. Atuou na área da educação como professor e diretor da Instrução Pública de Alagoas de 1932 a 1936 quando, por motivos políticos, foi demitido e preso, sendo enviado a Pernambuco e, posteriormente, ao Rio de Janeiro. Filiou-se ao Partido Comunista Brasileiro em 1945. Presidiu a Associação Brasileira de Escritores por duas gestões consecutivas, a partir de 1951, ano em que também realizou o IV Congresso Brasileiro de Escritores, em Porto Alegre. Escreveu obras literárias fundamentais na literatura brasileira, destacando-se Vidas Secas, Memórias do Cárcere e Angústia. Suas obras foram traduzidas para 24 idiomas e publicadas em mais de trinta países." (www.ieb.usp.br)
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Páginas amarelecidas, dada a qualidade do papel e a acção do tempo.
Invulgar.
Indisponível

12 julho, 2013

FONSECA, Tomás de - NA COVA DOS LEÕES. Edição destinada ao Brasil. Lisboa, [s.n.] Composto e Impresso na: Emp. Téc. de Tipog., Lda. - Vila Franca de Xira, 1958. In-8º (18cm) de 458, [6] p. ; B.
1ª edição.
Obra polémica, das mais procuradas do autor. Aborda a questão religiosa tendo Fátima como pano de fundo. Censurada pelo Estado Novo, foi proibida a sua circulação em Portugal.
"Alguém me diz que um livro da natureza deste, posta a circular em Portugal, põe em risco, não apenas a liberdade do autor, mas ainda a sua própria vida. Embora! Morra ele, mas vivam os tristes que salpicam de lágrimas e sangue os caminhos que levam aos santuários donde regressam mais pobres e mais desventurados!
Sim. Morra ele, mas vivam esses e, com eles, todos os que têm fome e sede de justiça! E morra como deve morrer: no campo donde se volta livre, ou se não volta mais!"
(excerto da introdução).
Tomás da Fonseca (1877-1968). "Escritor, político, mestre e pensador da 1ª República Portuguesa. Foi uma personalidade de destaque no meio intelectual e político da sua época. Espírito brilhante e tribuno exímio, desde muito cedo se evidenciou na defesa das ideias liberais e depois do regime republicano. Teve um papel preponderante na geração que fez a República, pelo seu feitio combativo. Era firme e intransigente na defesa das suas ideias, sempre orientado na procura da verdade e da justiça e dono de uma coragem moral que desafiou todas as vicissitudes." 
Exemplar brochado, por abrir, em bom estado de conservação.
Invulgar.
Indisponível

11 julho, 2013

PIMENTEL, Alberto - POEMAS HERÓI-CÓMICOS PORTUGUESES (verbêtes e apostilas). Porto, Renascença Portuguesa ; Rio de Janeiro, Annuario da Brasil, 1922. In-8º (19cm) de 173, [3] p. ; B.
"Passei longos anos da vida - e não os choro porque foram os mais felizes - coleccionado fugitivas curiosidades literárias, quási esquecidas...
Tive ocasião de verificar que não eram tão poucos como eu supunha, nem alguns eral tão valiosos que pudessem justificar a sua raridade.
Feita a colecção fiz o inventário respectivo, expungindo ùnicamente as torpezas pornográficas, e hoje o dou a lume também como simples curiosidade literária."
(excerto da introdução)
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Discreta assinatura de posse na f. anterrosto. Regista-se uma ou outra anotação no texto. 
Invulgar.
Com interesse bibliográfico.
Indisponível

08 julho, 2013

DIAS, Jaime Lopes - VIRIATO : herói e pioneiro da independência. Discurso proferido na inauguração do seu monumento, em Viseu, aos 16 de Setembro de 1940. [Lisboa], Editorial Império, Limitada, 1953. In-4.º (24cm) de 15, [1] p. ; [1] f. il. ; B.
1.ª edição.
Valorizada pela dedicatória autógrafa do autor na f. anterrosto; a contracapa foi por si utilizada, para, pelo seu punho, endereçar o opúsculo à Sociedade de Língua Portuguesa.
"O nosso herói, que a partir de hoje aqui fica imortalizado na pedra e no bronze é, afirma-o com a sua autoridade de grande erudito em matéria de antiguidades peninsulares, o professor da Universidade de Erlangen, Adolfo Schulten transcrevendo Justino: «o único grande cabo de guerra que os deuses fizeram surgir no seio dos Iberos».
Salvo da morte (150 a. c.) na edionda traiçaõ e carnificina que Galba concebeu e executou, assumiu a chefia dos lusitanos convencendo-os à resistência quando já pouco mais lhes restava do que a capitulação ou a morte.
Os seus feitos foram tais, o seu nome ecoou por tal forma, que de todas as tribos veio gente a alistar-se sob a sua bandeira.
Fogoso, destimido e valente, atacando e retirando-se, preparando armadilhas e simulando retiradas, desbaratou e derrotou as legiões de Plaucio, Unimano, Negidio, Scipião, Flávio e Serviliano, levando os romanos, para o vencerem, a praticar a torpeza de um crime: «...com mancha vergonhosa a vida lhe tiraram...»."
(Excerto do texto)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capa com defeitos. Selo de biblioteca na lombada. Carimbo de biblioteca (da SLP) na capa, f. rosto e última p. texto.
Invulgar.
Indisponível

07 julho, 2013

CHAGAS, Alvaro Pinheiro (Anselmo) - NOTAS DE UM LISBOETA. Blagues & phantasias. 1.ª serie. Lisboa, Livraria Ferreira, 1909. In-8º (19,5cm) de 268 p. ; B.
Conjunto de crónicas humorísticas sobre a vida pública e os política da época.
"O que vae lêr-se são algumas das Notas de um lisboeta, publicadas no Diario Illustrado.
Muitas, muitissimas outras se publicaram no mesmo jornal, como muitissimas outras se publicaram tambem, com pseudonymos differentes, no Jornal da Noite... Todas ellas constituiram uns poucos de volumes. Raro era o dia em que no jornal não apparecia uma d'essas phantasias ou blagues a proposito dos acontecimentos de occasião. [...] Ha muitas vezes aspectos comicos dos acontecimentos que só podem ser apreciados quando tenha passado a paixão do momento."
(excerto da introdução)
Álvaro da Silva Pinheiro Chagas (1872-1935). Jornalista português, filho de Manuel Pinheiro Chagas, um dos grandes vultos do meio literário português do século XIX. Foi redactor no Correio da Manhã, que era dirigido pelo seu pai. Empregou-se, posteriormente, como redactor principal no Jornal da Noite, tendo substituído o director Martins de Carvalho, quando este foi chamado para o governo de João Franco. Passou, igualmente, pela direcção do Diário Ilustrado, e também foi director do Correio da Manhã desde 1909 até à Proclamação da República. Quando este jornal foi assaltado, refugiou-se primeiro em França e depois no Brasil. Mais tarde regressou a Portugal, integrando o meio empresarial desempenhando cargos de gestão no comércio e indústria.
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Assinatura de posse na f. rosto.
Invulgar.
15€