30 outubro, 2015

BOLÉO, Manuel de Paiva - UNIDADE E VARIEDADE DA LÍNGUA PORTUGUESA. Lisboa, Universidade de Lisboa : Faculdade de Letras, 1955. In-4.º (23cm) de 28 p. ; B.
Separata da Revista da Faculdade de Letras de Lisboa, tomo xx, 2.ª série, n.º 1, 1954
1.ª edição independente.
Valorizada pela dedicatória autógrafa do autor.
"O português é uma das grandes línguas da civilização, entendendo eu por esta expressão a língua falada por um povo que levou a outras regiões do globo ou a outros povos o seu tipo humano e cultural. «Língua de civilização» é, para mim, coisa diferente de «Kultursprache» na terminologia alemã, pois que este vocábulo terá de ser traduzido em português por «língua literária». [...]
Ora de entre as línguas de civilização, o português é - depois do inglês, do espanhol, do alemão, e talvez do francês, mas antes do italiano e do neerlandês - uma das mais faladas no mundo e de mais extensa geografia."
(excerto do texto)
Manuel de Paiva Boléo (1904-1992). "Foi um dos mais importantes, eminentes e destacados linguistas portugueses do século XX. A sua importância na renovação dos estudos linguísticos em Portugal, nomeadamente na área da Dialetologia, está patente não apenas na extensão e âmbito da sua obra e produção científica, mas também no legado intelectual, científico e cívico que se traduziu na fundação da mais importante revista linguística de Portugal, na orientação de inúmeras dissertações, na formação de gerações de investigadores e docentes, na promoção da língua portuguesa (e da qualidade do seu ensino) e na criação de uma verdadeira escola de Linguística Portuguesa em Coimbra."
(Fonte: Wikipédia)
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Etiqueta numerada colada na lombada. Carimbo de biblioteca na capa e folhas de rosto e anterrosto.
Pouco comum.
10€

29 outubro, 2015

REPORTER X - IMPOSSIVEL : novela. Porto, Tipografia Elite, [1929]. In-8.º (19cm) de 29, [3] p. ; B.
1.ª edição.
Conhecida novela de Reinaldo Ferreira, o Repórter X, e uma das mais apreciadas. Sobre esta obra, n'O Diabo, Fernando de Araújo Lima garantirá, após a morte do autor, que a viu escrever de jacto, a uma mesa do café portuense Avenida, para ganhar uma aposta de 250 escudos.
"Eu conheci Paulo, em 21, em plena orgia de sangue de Barcelona. Paulo aproximava-se de mim, sem guia que o ciceronasse no labirinto electrico da cidade condal e que encurtasse a distancia quilometrica que nos separava - pela simples razão que eramos, além do consul e das pessoas da minha familia - oos unicos portugueses que então residiam na capital catalã... Havia - constava - pelos conventos dos arredores - uns frades lusos, de tal forma internacionalisados pela integração ao Vaticano que se tinham esquecido, ha muito, da sua nacionalidade... Tambem se falava da existencia de uns engenheiros, lisboetas ou portuenses, bem plantada numas fabricas de tecidos, visinhas a esses conventos - cuja memoria da patria se nivelava á dos frades. Aos primeiros - nada nos atraía. Os segundos não se sentiam atraídos por nós..."
(Excerto do texto) 
Reinaldo Ferreira, sob o pseud. Repórtex X (Lisboa, 1897 - Lisboa, 1935). “Considerado desde cedo como um prodígio do jornalismo, Reinaldo Ferreira já era reconhecido como repórter importante aos 20 anos. Viveu e trabalhou na Espanha, na França e na Bélgica. Diz-se que a sua invulgar imaginação era fortemente impulsionada pela morfina, vício por si mesmo assumido em 1932 no volume Memórias de um ex-morfinómano, escrito depois de uma desintoxicação. Muito cedo deixou que a sua imaginação mistificasse os leitores, apresentando ficção como realidade. Por exemplo, escreveu uma reportagem sobre a União Soviética sem nunca lá ter ido, e publicou uma série de cartas no jornal O Século, sob o pseudónimo Gil Goes, sobre um crime macabro que teria ocorrido na Rua Saraiva de Carvalho, em Lisboa. Em 1930, fundou o jornal Repórter X, designação que já usava como pseudónimo. O jornal granjeou sucesso com grandes tiragens. Era pois uma conhecida figura no meio jornalístico e literário da época, tendo sido amigo íntimo de Mário Domingues. Destacou-se também como produtor e realizador, tendo fundado uma produtora cinematográfica e dirigido três longas-metragens: O groom do Ritz, O táxi 9297 e Rito ou Rita. Publicou dezenas de volumes de ficção policial e de aventuras, assim como folhetos semanais com a mesma temática. Criou várias personagens marcantes, nomeadamente O mosqueteiro do ar (1933), personagem que se assemelhava com o Super-homem norte-americano, embora tenha surgido antes (a primeira banda-desenhada do Super-homem seria apenas publicada em 1938).”
(Fonte: http://fcsh.unl.pt/chc/romanotorres)
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capas frágeis com defeitos.
Raro.
Indisponível

28 outubro, 2015

GALANTE, Capitão - ALI ANIFA (Um heroi de Nevala). Narrativa histórica. Lourenço Marques, Tip. «Notícias», 1944. In-8.º (17cm) de 28, [2] p. ; [2] f. il. ; B.
1.ª edição.
Valorizada pela dedicatória autógrafa do autor.
Ilustrada em extratexto com duas fotogravuras, uma delas, o retrato em corpo inteiro do cabo Ali Anifa, herói do Nevala.
Capa de Fernando Nunes. 
Episódio da guerra do Niassa. História verdadeira e simples de um indígena de alma heróica que arrisca a vida para salvar o seu comandante.
Opúsculo dedicado pelo autor Aos combatentes da Grande Guerra de 1914-1918 - Pálida homenagem aos obscuros heróis que sofreram as agruras da fome e a sêde e que tantas vezes divisaram a negra imagem da Morte nos extensos areais de Angola e Moçambique. Preito de sincera gratidão aos que morreram varados pelas balas ou minados pelas febres, longe da Pátria, sem o hálito consolador da Mãe ou da Espôsa que os embalasse nas vascas da agonia ou no estertor aflitivo de moribundos.
                                 .................................
"Surge o conflito internacional de 1914. A nossa fonteira do norte da Colónia é invadida, sem prévio aviso ou declaração de guerra, pelas tropas alemãs de von Lettow.
O nosso governo toma precauções.
Em 3 de Julhos de 1916, o cabo Ali Anifa embarca para Tete para Cabo Delgado, encorporado na 24.ª Companhia Indígena Expedicionária, comandada pelo tenente Romualdo Augusto Esteves Tavares. [...]
O cabo Ali Anifa, de estatura meã, magro, de olhar expressivo, de temperamento calmo, sempre alegra e voluntarioso, aprumado e correcto nas suas atitudes, entra pouco depois em acção.
E logo no dia 22 de Novembro a sua coragem, sangue-frio e valentia se patentearam na defesa dos poços de água da Ribeira de Nevala."
(excerto do texto)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro.
Indisponível

27 outubro, 2015

COLLAÇO, João Tello de Magalhães - DA VIDA PÚBLICA PORTUGUÊSA. I. Algumas ilusões - alguns votos [II. Conservadores e Radicais]. Lisboa, Edição do Autor, 1925-26. 2 vols In-8.º (19cm) de [2], 76, [2] p. e [8], 159, [1] p. ; B.
1.ª edição.
Obra em 2 volumes (completa). O autor faz o diagnóstico da situação política do país em vésperas da implantação do regime da Ditadura Militar.
Livro I. Algumas ilusões - alguns votos
Comunicação feita na Associação dos Advogados, na noute de 4 de Junho de 1925, sob a presidencia do Sr. Dr. Domingos Pinto Coelho.
Livro II. Conservadores e radicais
Matérias:
CAPÍTULO I. Conservador ou radical?
1. Primeiras dúvidas. Questões de palavras.
2. Dos partidos republicanos em Portugal. Seus diversos nomes, seu mesmo programa, sua acção igual.
3. Um partido arco-íris. Uma adaptação engenhosa à vida.
4. Da política, do jogo e do azar. A corrida ao radicalismo. Exemplos profanos e sagrados.
5. A grande confusão das ideias. Conservador ou radical?
CAPÍTULO II. Um critério conservador
a) Sua definição
1. Um critério conservador na análise dos factos políticose sociais: em que consiste, como se revela.
2. O ardor dos neófitos na extrema direita e na extrema esquerda. Os extremos não se tocam: confundem-se.
3. Mon verre n'est pas grand mais je bois dans mon verre.
4. Um engano dos conservadores. Em louvor da opinião pública. 
5. Segundo engano dos conservadores. Em louvor da acção.
b) Seu emprego
6. Em que regimen vivemos. A «pointure» constitucional do Estado português: o Legislativo, o Executivo e a Presidência da República.
7. É dentro dos seus quadros constitucionais que vive o Estado português? Resistencia dos factos contra as leis e as instituicões. A liberdade e os direitos individuais. O Parlamento, o Govêrno e o Presidente da República.
8. Abatimento e grandeza da Presidência da República. A crise da Autoridade e os começos da sua renascença. A restauração do Poder.
CAPÍTULO III. Um regimen a tentar
1. A «doutrina administrativa» de H. Fayol.
2. A organização ideal do Estado segundo a doutrina administrativa de H. Fayol.
3. A desorganização real do Estado.
4. A «doutrina administrativa» de H. Fayol: as minhas dúvidas e reflexões. O Estado e as Emprezas. Reforma administrativa e constitucional.
5. Do regimen a estabelecer nas relações entre o Legislativo e Executivo.
6. Ds vantagens do «pneumotorax».
João Maria Telo de Magalhães Colaço (1893-1931). Ilustre professor de direito em Coimbra e Lisboa. Renovador do ensino do direito administrativo. Acusado de monárquico, chega a ser demitido da Universidade de Coimbra, em 1919, na sequência de uma sindicância juntamente com Salazar, Fezas Vital e Carneiro Pacheco.
Exemplares brochados em bom estado de conservação. Assinatura de posse na capa e f. rosto do vol. II
Obra pouco vulgar.
Indisponível

26 outubro, 2015

MANSO, Francisco & CRUZ, Óscar - A EPOPEIA DOS BACALHAUS. [Porto], Distri Editora, 1984. In-fólio (32 cm) de 111, [1] p. ; mto il. ; E.
1.ª edição.
Importante obra sobre a pesca do bacalhau.
Muito ilustrada com fotografias a cores e a p.b. de navios e momentos da faina.
"Uma actividade fascinante e perigosa, desconhecida de muitos, mas cujos resultados são apreciados por quase todos. Dar a conhecer esta actividade, em toda a sua diversidade, é a razão de ser desta obra, vivida durante longos meses pelos autores.
Com uma centena de fotografias a ilustrar este álbum em que se fixaram as imagens da faina laboral, do comércio e da indústria do bacalhau, pretende o livro ser um documento vivo e fundamental para a compreensão desta epopeia."
(Apresentação)
"Seja louvado e adorado
Bendito sempre seja louvado
E também seja abençoado
E por Deus acompanhado
Quem ouve e que dá este louvado
Venha o quarto de baixo para cima
Que o de cima está acabado
Levantai-vos irmãos meus
Ó filhos da Virgem Maria
Que vai na nossa companhia
Deus Nosso Senhor nos guia
Venha um render o leme
E outro render a vigia.
- Olha o café!"
Assim diziam os Louvados os homens encarregados de acordar o novo quarto, ou seja, os que iam começar o novo dia de trabalho. Assim era no tempo da pesca à linha, em que Portugal tinha longas tradições. Muitos foram os homens que se perderam no nevoeiro, que sucumbiram com os seus dóris ao traiçoeiro Atlântico Norte.
Falar do bacalhau há anos atrás era falar do risco, da dureza, da solidão, da morte...
Mas agora, passados alguns anos, como é a pesca, como é uma campanha?
Como é que começou esta actividade entre nós?"
(Excerto da nota dos autores)
Índice: Introdução à história da pesca do bacalhau. - A Terra dos Bacalhaus. - O abandono da Terra Nova. - O ressurgimento da Pesca do Bacalhau. - Novo impulso na pesca do bacalhau. - Como se perdem milhões de libras. - A França dedica-se com grande lucro à pesca do bacalhau. - O que o Estado português perde e poderia ganhar. - A protecção do Estado Novo à pesca do bacalhau. - A liberalização do Comércio do Bacalhau. - O Fim da Epopeia do Bacalhau. Algumas considerações sobre a biologia do bacalhau. - Classificação Taxonómica. - Descrição. - Distribuição. - Factores que influenciam a distribuição. - Biologia e ciclo de vida (Reprodução; Nutrição e Crescimento). Histórias de pescadores
[Testemunhos de pescadores, veteranos da Faina Maior]. Uma campanha nos nossos dias. - O «São Ruy». - A primeira ida a terra. - A travessia dos gelos. - Arsuk, na Gronelândia. - O final da campanha. | Glossário.
Encadernação editorial forrada com sobrecapa policromada.
Exemplar em bom estado de conservação. Sobrecapa com restauros. Mancha ténue de humidade junto ao corte superior das folhas.
Invulgar e muito apreciado.
Indisponível

25 outubro, 2015

COUCEIRO, Henrique de Paiva - O SOLDADO PRÁTICO. Lisboa, [Edição do Autor - Composto e impresso na Tipografia Silvas, Lda, Lisboa], 1936. In-8.º (22 cm) de 434, [2] p. ; B.
1.ª edição.
Livro polémico de Paiva Couceiro. Trata-se de uma obra de doutrina político-social com forte pendor nacionalista. O autor apela aos valores tradicionais, fundados na gloriosa história pátria, preconizando para o país uma Idade Média renovada, "que guarde do modelo original o muito que êle tinha de bom, conservando ao mesmo tempo da Idade-Moderna os progressos da condição humana, que nela se incluem", não se coibindo de criticar o socialismo do Estado Novo, embora reconheça méritos ao regime, como, entre outros, a "dispensa" dos partidos políticos.
Índice:
Parte I
Os Antecedentes
- I. Raça e racismo. - II. A Raça dos portugueses. - III. O factor moral.
Parte II
O Presente e o Futuro
- I. Aspirações. - II. Situação Actual. - III. Rumos Gerais. - IV. Objectivos de hoje. - V. A Reconstrução Nacional.
Henrique Mitchell de Paiva Cabral Couceiro (1861-1944). “Assentou praça como militar no Regimento de Cavalaria Lanceiros do Rei a 14 de Janeiro de 1879.
Teve sucesso na sua acção em Humpata, Angola (1889), na campanha militar de Angola (1889-1891), na campanha de Melilla, no Marrocos espanhol (1893) e nos combates de Marracuene e Magul, Moçambique (1895), tendo a sua coragem sido enaltecida.
Foi formado com o Curso de Artilharia da Escola do Exército (1881-1884); alferes (1881); foi promovido a segundo-tenente de Artilharia a 9 de Janeiro de 1884 e colocado no regimento de Artilharia n.º 1 em Campolide; serviu também nos regimentos de Artilharia n.º 3 em Santarém e nas Baterias a Cavalo de Queluz; passou a primeiro-tenente em 1889; comandante de Cavalaria da Humpata, Angola (1889-1891); cavaleiro da Ordem de Torre e Espada (1890); oficial da Ordem de Torre e Espada (1891); Medalha de Prata para distinção ao mérito, filantropia e generosidade (1892); condecorado com a Cruz de 1.ª Classe do Mérito Militar de Espanha (1893); ajudante do comando do Grupo de Baterias de Artilharia a Cavalo (1894); ajudante-de-campo do conselheiro António Eanes, Comissário Régio de Moçambique (1894-1895); foi promovido a capitão de Artilharia e tornado cavaleiro da Ordem Militar de São Bento de Avis em 1895. Em Magul foi infante Santo de Valverde. Distinguiu-se como cavaleiro e como artilheiro.
Foi ajudante-de-campo honorário do Rei Dom Carlos (1895); proclamado «benemérito da Pátria» (1896); comendador da Ordem de Torre e Espada (1896); conselheiro do Conselho de Sua Majestade; condecorado com a Medalha Militar de Ouro do Valor Militar (1896); condecorado com a Medalha Militar de Prata de Comportamento Exemplar; condecorado com a Medalha de Prata da Rainha Dona Amélia (1896); deputado da Nação (1906-1907); vogal da Comissão Parlamentar do Ultramar (1906); vogal da Comissão Parlamentar de Administração Pública (1906-1907); vogal da Comissão Parlamentar da Guerra (1906-1907); Governador-Geral de Angola entre 1907 e 1909 (indicado pelo rei Dom Carlos I; demitido do Exército (1911); comandante das Incursões Monárquicas de 1911 e 1912; Presidente da Junta Governativa do Reino, na Monarquia do Norte (1919); foi escritor.
Esteve exilado em Espanha algumas vezes, a maioria do tempo na Galiza. Os exílios primeiro estiveram relacionados com a defesa da restauração do regime monárquico, e após o falecimento de D. Manuel II (1932), com a sua opinião quanto aos assuntos relacionados com as colónias portuguesas.”
(Fonte: http://digitarq.arquivos.pt)
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capa apresenta pequeno vinco no canto superior dto.
Invulgar.
20€
Reservado

24 outubro, 2015

FORJAZ JUNIOR, Antonio Pereira - JOÃO DE SOUSA PINTO DE MAGALHÃES : apontamentos historicos. Por... Lisboa, Typographia Franco-Portugueza, 1866. In-4.º (23cm) de 65, [1] p. ; B.
1.ª edição.
Elogio histórico-biográfico de Pinto de Magalhães por ocasião do seu falecimento. Natural do Porto, descendente de uma ilustre família nortenha, foi um político de relevo, sobretudo a partir da Revolução Liberal de 1820 (viria a presidir o famoso Congresso Constituinte de 1821).
Ilustrado com o retrato do biografado em extratexto.
"O nome do homem, cujo retrato adorna a primeira pagina d'este humilde escripto, figura pela virtude e pelo talento entre os primeiros dos seus compatriotas; e não foi preciso que a lousa do tumulo descesse para sempre sobre o cidadão prestante, para que a opinião publica fizesse justiça ás qualidades eminentes, que o distingiram. Durante os ultimos cincoenta annos de sua existencia honrada, occupando os cargos mais elevados do Estado, e atravessando os periodos politicos tempestuosos, que por vezes teem abalado o nosso paiz, jámais desmereceu o respeito geral, que a firmeza inabalavel de principios, a probidade inexcedivel, e todas as virtudes civicas lhe grangearam."
(excerto da introdução)
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capas frágeis com defeitos. Páginas ligeiramente oxidadas.
Raro.
15€

23 outubro, 2015

[ESTUDOS SOBRE PERSONALIDADES AÇORIANAS]
                                           ..................................
LUZ, José Luís Brandão da  - A POSITIVIDADE DAS CIÊNCIAS SOCIAIS EM TEÓFILO BRAGA. Ponta Delgada, Instituto Cultural de Ponta Delgada, 1994. In-8º (21cm) de [2], [22], [2] p. (181-202 pp.) ; B. Separata da Revista "Insvlana"
"O desenvolvimento das ciências, a crescente industrialização da Europa e a instabilidade social que alastrava teriam feito sentir a necessidade de encontrar resposta à desarticulação dos esquemas tradicionais de abordagem da sociedade. Para Teófilo Braga estas motivações históricas teriam levado Augusto Comte a responder aos problemas de ordem teórica e às urgências de carácter prático, transpondo para a análise social o modelo das ciências positivas. Afastando do seu horizonte de pesquisa qualquer tipo de categorização de teor metafísico, procura subordinar o novo ramo da árvore do saber aos critérios metodológicos da positividade, em que sobressaem os ideais de quantificação que as pesquisas procuram calcular; a definição do índice de regularidade com que uma relação de fenómenos se manifesta e a sua filiação, segundo as exigências do determinismo causal das ciências da natureza."
Matérias:
1 - As Ciências Sociais no século XIX. 2 - Determinismo casual. 3 - Natureza orgânica da dinâmica social. 4 - Dedução em sociologia.
                                  .................................
PONTE, António Nunes da - O DR. JOSÉ NUNES DA PONTE : médico, político e homem de bem. Um açoriano da transição do século. Ponta Delgada, Instituto Cultural de Ponta Delgada, 2000. In-8º (21cm) de [2], [22], [2] p. (75-96 pp.) ; B. Separata da Revista "Insvlana"
José Nunes da Ponte (1849-1924). Nascido na Vila da Ribeira Grande, Ilha de S. Miguel, em 1849, falecido na cidade do Porto no ano de 1924. Foi um médico, político, filantropo e poeta português. Bacharel em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, em 1879, domiciliou-se no Porto, cidade onde exerceu Medicina. Membro do Partido Republicano Português e depois do Partido Unionista, desempenhou papel de vulto na divulgação dos ideais republicanos na cidade do Porto até à Revolução de 1910. Ocupou diversos cargos durante a Primeira República Portuguesa, entre os quais o de primeiro governador civil republicano do Distrito do Porto (1910), Presidente da Câmara Municipal do Porto interino de 14 de Dezembro de 1907 a 14 de Maio de 1908 e efectivo de 13 de Outubro de 1910 a 12 de Janeiro de 1911, Provedor da Santa Casa da Misericórdia do Porto, deputado da Nação e presidente da Câmara dos Deputados e 67.º Ministro das Obras Públicas e Ministro do Fomento durante o 9.º Governo Republicano de Pimenta de Castro (28 de Janeiro a 14 de Maio de 1915), etc. Foi também poeta de mérito."
(Fonte: wikipédia)
                                   ..................................
Exemplares brochados em bom estado de conservação.
Obras pouco vulgares.
10€

22 outubro, 2015

PESTANA, Nerêu Rangel - COMMENT ON ASSAINIT UN PAYS. L'extinction de la Fièvre jaune à Rio de Janeiro. Par... Paris, Aillaud & Cie, 1910. In-8.º (22,5cm) de 47, [1] p. ; [1] planta desd. ; mto il. ; B.
1.ª edição.
Opúsculo publicado em língua francesa, totalmente impresso sobre papel couché, ilustrado nas páginas do texto com gráficos e tabelas, e numerosas fotogravuras de arruamentos, praças públicas, jardins, monumentos, etc., da cidade do Rio de Janeiro. Contém ainda, em separado, a Planta do centro comercial do Rio de Janeiro (39,5x52cm) - escala 1/10.000.
Curioso trabalho sobre a erradicação da febre amarela do Rio de Janeiro. A problemática do paludismo e da tuberculose também é abordada na presente obra em capítulos próprios.
"C'était en 1849. Le Brésil, nation indépendente depuis 27 ans, avait commencé, depuis peu, son organisation administrative, après lesluttes qui suivirent la proclamation de l'Empire. En ce pays, comme partout à cette époque, l'hygiène n'était pas encore une science; le génie de Pasteur ne s'étatit pas encore révélé!"
(excerto do texto)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro.
Indisponível

21 outubro, 2015

VILLEMAIN, M. - HISTORIA DE CROMWELL, conforme com as memorias escriptas d'aquella época, e as collecções das notas parlamentares; escripta de francez por... Par de França, Secretario Perpetuo da Academia Franceza, Professor de Litteratura na Faculdade de Letras de París. Traduzida por M. S. da C. Couraça. Lisboa, Na Imprensa Nacional, 1842. In-8.º (20cm) de VII, [1], 479, [5] p. ; [1] f. il. ; E.
1.ª edição portuguesa.
Ilustrada com o retrato de Cromwell em extratexto.
Oliver Cromwell (1599-1658). Foi um militar inglês e líder político, e mais tarde, Lorde Protetor da Comunidade da Inglaterra, Escócia e Irlanda.
"General e político inglês, nasceu em 1599 e morreu em 1658. Destacou-se pela defesa do Puritanismo, foi um dos mais obstinados adversários do rei Carlos I, que ajudou a depor, e proclamou a república em 1649, tornando-se o homem mais poderoso de Inglaterra.
Cromwell entrou para o Parlamento em 1629 e tornou-se particularmente ativo durante a guerra civil, opondo-se às práticas absolutistas de Carlos I, que vinha desprezando as prerrogativas do sistema parlamentar de há muito estabelecido na ilha. Organizou um regimento de cavalaria, conhecido como Ironsides, à frente do qual alcançou importantes vitórias nas batalhas de Edgehill (1642) e de Marston Moor (1644). Reorganizou o exército do Parlamento e em 1645 obteve outra vitória, desta vez em Naseby, tendo também derrotado a invasão escocesa de Preston. Vencedor incontestado da guerra civil, Cromwell submeteu Carlos I a um tribunal que o condenou à morte. Depois, proclamou a república (foi este o único período da história da Inglaterra em que vigorou o regime republicano) e determinou o seu carácter, de uma forma muito carismática e por vezes contraditória: opôs resistência aos privilégios da nobreza, dissolveu o Parlamento, concentrou os poderes, estabeleceu a tolerância religiosa, promulgou leis que regulavam os costumes segundo os preceitos do Puritanismo, e defendeu a posição da Inglaterra no plano da política internacional ao firmar uma aliança com a França contra a Espanha."
Após a sua morte, em 1658, sucedeu-lhe como Lord Protector o seu filho Richard, que seria forçado a renunciar no ano seguinte, em Maio de 1959. Não havendo acordo entre as várias facções que disputavam o poder, George Monck, governador inglês da Escócia, marchou sobre Londres à frente dos regimentos New Model Army, tendo restaurado o Parlamento Longo e patrocinado os ajustes constitucionais necessários ao regresso de Carlos II do exílio, em 1660, para assumir o reinado de uma monarquia restaurada.
Em 30 de Janeiro de 1661, (o 12º aniversário da execução de Carlos I), o corpo de Cromwell foi exumado da Abadia de Westminster e submetido a uma execução póstuma. O seu corpo desenterrado, foi enforcado em Tyburn, e, mais tarde, despejado numa cova. A cabeça decepada de Cromwell foi exibida numa vara fora de Westminster Hall até 1685.
(Fonte principal: www.infopedia.pt)
"Poucas historias particulares offerecem tão grandes scenas, e comprehendem tantos acontecimentos como a vida de Cromwell. [...]
Porém o que, sobre tudo, póde justificar a empreza de uma nova historia de Cromwell, é o grande numero de memorias originaes, pouco consultadas, das quaes é facil ajuntar muitas particularidades curiosas, sobre o caracter, e governo d'este homem extraordinario.. Algumas obras manuscriptas, conservadas por muito tempo em poder de diversas familias, não eram conhecidas pelos historiadores Inglezes, e só têem apparecido ha poucos annos. [...]
Não obstante a abundancia d'estes novos documentos, eu me reportei aos esclarecimentos conhecidos ha mais tempo, nos quaes, a investigação de um só objecto, devia fazer-me descobrir as circunstancias esquecidas por outros historiadores. [...]
Esta vasta collecção de documentos, muitos d'elles officiaes, reune immensas noções preciosas, desconhecidas, ou despresadas, as quaes serão relatadas nesta historia, pela primeira vez. Em taes documentos encontrarão olhos mais penetrantes, e exercitados, abundantes vantagens; e foi d'elles que eu tirei circunstanciadas noções, inteiramente novas, a respeito da administração de Cromwell, sua politica exterior, suas relações com Mazarin, e seu procedimento para com os differentes chefes de partido. As Sessões do Parlamento, os numerosos discursos de Cromwell, os processos d'aquella época, os escriptos das facções, os sermões dos prégadores, e as especulações dos publicistas, fornecen egualmente bastantes noticias, ou conjecturas novas; porque a historia de qualquer época póde ler-se, por assim dizer, nos arrasoados, ou nos pensamentos que então occupavam o espirito; e até as idéas são algumas vezes o mais importante de todos os factos."
(excerto da introdução, Observações preliminares)
                               ..............................................
Abel-François Villemain (Paris, 1790 - Paris, 1870). "Foi um político e escritor francês, notável professor da Sorbonne e da Escola Normal Superior, e ministro da Educação de 1839 a 1845."

(in wikipédia)
Encadernação coeva, ao gosto da época, em meia de pele com dourados gravados na lombada. Sem capas de brochura.
Exemplar em bom estado de conservação. Com alguns (poucos) pequenos orifícios de traça nas extremidades da lombada. 
Raro.
Indisponível

20 outubro, 2015

RIBEIRO, Mozarth - O SUBURBANO. Rio de Janeiro, Editora Potengy, Ltda, 1978. In-4º (22,5cm) de [2], 70, [4] ; [5] f. il. ; B. Coleção Toyo, 6
1.ª edição.
Valorizada pela dedicatória autógrafa do autor.
Interessante roteiro de viagem pelo Rio de Janeiro dos anos 70, ilustrado com 5 fotogravuras em folhas separadas do texto.
"Em suas viagens através do Brasil, o Autor surpreendeu-se com o enorme interesse, a imensa curiosidade relacionada aos Subúrbios cariocas.
Através de palestras com brasileiros de vários Estados, de norte a sul do País, ele constatou o imenso desejo de saber, de conhecer detalhes e aspectos dos nossos bairros, dos nossos Subúrbios.
Daí surgiu "O SUBURBANO".
Uma espécie de Roteiro dos Subúrbios Cariocas."
(nota do editor)
Índice:
- A Cidade Maravilhosa. - Pão de Açúcar. - Corcovado. - Santa Tereza. - Flamengo. - Laranjeiras. - Copacabana. - Impanema. - Barra da Tijuca. - Leblon. - Teatros, Galerias e Cinemas. Na Tijuca. - Na Gávea. - No Centro. - Na Glória. - Os Arcos. - Cacete. - Praça Mauá. - No Cajú. - E. F. Central do Brasil. - E. F. Leopoldina. - A Ilha. - Bonsucesso e Ramos. - Na Penha. - Maracanã. - Favelas. - Na Vila. - São Cristovão. - Méyer. - Na Piedade. - Cascadura. - Jacarepaguá. - Madureira. - Marechal Hermes. - A Vila Militar. - Realengo. - Bangú. - Campo Grande. - Santa Cruz. - Sepetiba. - A Linha Auxiliar. - Inhaúma. - Cavalcante. - Irajá. - Pavuna. - São João do Meriti. - Duque de Caxias. - Nova Iguaçú. - Nilópolis. - Epílogo. - Relação. - Publicações Recebidas.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
Indisponível

19 outubro, 2015

HOMEM, Francisco de Barros Ferreira Cabral Teixeira - CHAVES NA REVOLTA DE 1808. Chaves, Tip e Papelaria Mesquita, 1930. In-4.º (23cm) de 24, [4] p. ; [1] f. il. ; B.
1.ª edição.
Ilustrada em separado com fotogravura da Capela de Nossa Senhora do Pópulo, em Chaves, onde os conjurados de 1808 receberam as insígnias revolucionárias.
Tiraram-se quinhentos exemplares, todos numerados e rubricados pelo autor [n.º 344].
Obra dedicada pelo autor Aos heroicos flavienses que em 1808 bem mereceram da Pátria, e a seu irmão, António de Barros Teixeira Homem, tenente de artilharia pesada, combatente da Grande Guerra.
"Durante todo o mez de maio de 1808 portugueses e hespanhóes ocultamente conspiraram com o fim de mutuamente se libertarem fo jugo francez, e restaureram a sua independencia.
Situada cerca de 20 k. ao norte de Chaves, a nobre praça galega de Monte-Rey fazia despertar nos corações dos portugueses o mais heroico patriotismo.
O chefe da revolta era em Chaves Antonio Vicente Teixeira Sampaio, administrador dos assentos e provisões de boca para o exercito de Traz-os-Montes, e seu colaborador o juiz de fóra, Domingos Alvares Lobo.
O principio da revolta foi marcado para o dia 6 de dezembro, e n'essa hora á data combinada, 11.12 da noite, e em frente á casa do Senado [o largo que enfrenta a porta lateral norte da Egreja de Santa Maria Maior] o administrador rompeu a voz de - Viva o principe regente nosso senhor! - Viva a casa de Bragança! - Viva Chaves! - e morra o imperador dos francezes, Napoleão!"
(excerto do texto)
Francisco de Barros Ferreira Cabral Teixeira Homem (1889-1966). "Nasceu na Casa de Samaiões, concelho de Chaves, em 27 de Julho de 1889. Em 1912 concluiu na Universidade de Coimbra, o curso de Bacharel em Direito. Teve oito filhos que brilharam nas mais diversas actividades, da vida cultural, social e po5tica. Era conhecido peo do Chapéu Grande. Era um homem forte. brioso, respeitado e respeitador, vestia com elegância, era afável, comunicativo e ilustrado. Possuía uma importante biblioteca, símbolo de uma invulgar erudição. Colaborou regularmente em Era Nova, semanário Flaviense e foi daqueles que pôde conhecer, bem de perto, o nascimento da Chaves Antiga, do seu conterrâneio e coetâneo, General Ribeiro de Carvalho, de quem era adversário político. A crítica da época dizia que para compreender globalmente o alcance daquela monografia Flaviense, era indispensável, ler as apreciações e comentários do Dr. Francisco de Barros. Praticamente sempre se dedicou à agricultura. A Biblioteca Municipal de Chaves, bem como o Museu Regional Flaviense, foram resultado, em grande parte, do seu empenhamento e saber. Faleceu na terra e casa em que nascera, em 2 de Junho de 1966."
(In I volume do Dicionário dos mais ilustres Trasmontanos e Alto Durienses)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Muito invulgar.
15€

16 outubro, 2015

CORDEIRO, Dr. Luís - REFLEXÕES EM TORNO DO DECRETO DE DOIS DE MARÇO DE 1895. Ponta Delgada, Instituto Cultural de Ponta Delgada, 1991. In-8º (21cm) de 34, [2] p. ; B. Separata da Revista "Insvlana"
Tiragem: 150 exemplares.
Interessante estudo histórico sobre a autonomia açoriana.
"No processo reivindicativo açoriano tendo em vista a «livre administração dos Açores pelos açorianos», o dois de Março de 1895 é uma data fundamental que não pode deixar de constituir motivo de reflexão séria e desapaixonada, na tentativa de compreensão das motivações que lhe estiveram na base e das vicissitudes por que passou tão importante ideal da história contemporânea do Arquipélago.
Assim, a luta autonomista da década de noventa do século XIX, não poderá ser compreendida exclusivamente a partir das repercussões no Arquipélago de medidas conjunturais determinadas pelo Governo tendo em vista atenuar os graves problemas financeiros que afligiam o Estado português e o colocavam numa situação de extrema debilidade face às principais potências europeias.
Destas medidas, destacam-se as tentativas de supressão do curso diferenciado da moeda nas Ilhas, e de extinção do Tribunal da Relação dos Açores, com sede em Ponta Delgada, bem como a proposta de estabelecimento do monopólio do álcool, além de outras que se traduziam no agravamento da carga fiscal a suportar pelos açorianos."
(excerto da 1.ª parte do texto)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
Indisponível

15 outubro, 2015

BRANDÃO, Liberato Eugénio de Sá Viana - MANUAL PARA O EMPREGO DA METRALHADORA LIGEIRA LEWIS PARA A INSTRUÇÃO DE OFICIAIS E MAIS GRADUADOS. Elaborado pelo capitão do estado maior de infantaria,... proposto pela Ex.ma Comissão Técnica da Arma de Infantaria para ser impresso como «Manual» para instrução dos oficiais e mais graduados, e aprovado por S. Ex.ª o Ministro da Guerra, em seu despacho de 3 de Março de 1919. 2.ª edição (Revista). Autorisada por Sua Ex.ª o Ministro da Guerra (Nota n.º 3436-19 de 2.ª S. da 4.ª R, da 1.ª D. G. da S. G. de 15 10-1920). Lisboa, Papelaria e Tipografia Fernandes & C.ª, LD.ª, [1920].
In-8º (20,5cm) de 132 p. ; [2] f. desd. ; il. ; B.
Curioso manual da conhecida metralhadora Lewis que equipou vários exércitos durante a Grande Guerra, incluindo o Exército Português, através do Corpo Expedicionário Português, em França.
Ilustrado no texto e em folhas desdobráveis à parte com desenhos esquemáticos.
"Nome: metralhadora ligeira Lewis.
Calibre: 7mm,7.
Modêlo: 1914.
Pêso: 11k,800.
Pêso do depósito vazio: 0k,680.
Pêso do depósito cheio: 1k,970.
É de invenção belga, com modificações feitas por um dentista americano e, já depois da guerra actual, com outras inglesas e uma portuguesa, sendo actualmente fabricada em Inglaterra, na The Birmingham Small Arms Cº Ld.
É posta em movimento por duas fôrças:
a) Acção dos gases da pólvora que produzem todo o movimento para a rectaguarda;
b) Acção da mola recuperadora, que produz o movimento para a frente."
(excerto do Cap. I, Descrição geral)
"De uma maneira geral aumenta valiosamente a potência do tiro da infantaria, contrabatendo metralhadoras inimigas que tenham ficado em posição, apesar da barragem feita pela nossa artilharia e morteiros ligeiros; avança com as vagas de assalto e pode atacar pontos fortes nas trincheiras inimigas onde o nosso avanço se achar impedido, para o que as secções de metralhadoras ligeiras se devem conservar em constante ligação com os respectivos comandantes de pelotão, que as empregarão no momento oportuno, fazendo cooperar com elas os grupos de granadeiros de espingarda."
(excerto de Emprego da metralhadora Lewis, Na ofensiva, a) No ataque de trincheira a trincheira)
Matérias:
1.ª Parte
1 - Descrição geral elementar. 2 - Desarmar e armar. 3 - Funcionamento da metralhadora. 4 - Limpêsa e conservação. 5 - Substituição de peças. 6 - Inspéção da metralhadora. 7 - Precauções a tomar com uma metralhadora. 8 - Avarias (interrupções). 9 - Caracteristicos da metralhadora. 10 - Peças de reserva e acessorios. 11 - Nomenclatura.
2.ª Parte
1 - Organisação dos serviços. 2 - Tática elemetar abstráta. 3 - Instrução preliminar de tiro, indicação de alvos e referenciação do campo de tiro. 4 - Telémetro Barr & Stroud. 5 - Emprêgo da metralhadora. 6 - Local da metr.ª no pelotão, abrigos. Efeitos dos gazes asfixiantes sobre a metr.ª e munições. 7 - Periscopios.
3.ª Parte
1 - Serviço anti-aéreo. 2 - Alças anti-aéreas. 3 - Suportes destinados ao tiro anti-aéreo. 4 - Abrigos. 5 - Organisação dos serviços. 6 - Tàtica. 7 - Tipos e espécies de aeroplanos. Identificação. 8 - Stadia indicadôra das distancias. 9 - Emprêgo da metr.ª contra os aeroplanos. 10 - Cartucho a empregar no tiro anti-aéreo.
Apendice
1 - Instrução, métodos de ensino e programas de instrução no C. E. P. Alvos empregados na instrução.
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capas frágeis, com defeitos, apresentando toscos restauros com fita gomada.
Raro.
Indisponível

14 outubro, 2015

GOMES, Luís Gonzaga - MACAU, FACTOS E LENDAS : páginas escolhidas. Lisboa, Quinzena de Macau, [Comp. e imp. pela Tipografia Mandarim - Macau], 1979. In-8.º (19,5cm) de [2], 152, [2] p. ; il. ; B.
Capa: Paula Seabra
1.ª edição.
Interessante monografia histórica sobre Macau.
Ilustrada com fotografias a p.b. de página inteira. 
Matérias:
- O Município Macaense. - A Vida em Macau há cerca de cem anos. - Impressões de Macau colhidas nos princípios do Século XIX por uma jovem americana. - Os diversos nomes de Macau. - A Velha muralha de Macau. - O fong-sôi de Macau. - A indústria de seda em Macau. - Malaventurados amores. - O desastroso tufão de Sete da Sétima Lua. - A lenda do Templo da Barra. - A rocha T'ai-Ut do Templo da Barra. - A Areia Preta. - Os primitivos bombeiros de Macau. - Narradores de Histórias. - Combates de grilos. - Origem do nome de algumas ruas. - A Festividade do Ano Novo. - A Festividade do Outono. - Os vendilhões ambulantes.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
10€

13 outubro, 2015

ROCHA, João da - MEMORIAS DE UM "MEDIUM". (Excerptos de um diario). Porto, Livraria Nacional e Estrangeira - Editora : De Eduardo Tavares Martins, 1900. In-8º (18,5cm) de XLII, 211, [1] p. ; E.
1.ª edição.
Exemplar n.º 235 duma tiragem não declarada.
Obra publicada no início do século passado, apenas em 2002 viria a ser reimpressa em 2.ª edição pela Hugin, na Colecção Bibliotheca Phantastica, de certa forma incompleta, pela decisão do seu director - António de Macedo - de suprimir o extenso prólogo do autor (35 pp).
                            ...................................................
Sobre este curioso romance, na forma e no conteúdo, transcrevemos, com a devida vénia, um texto da autoria de Jorge Candeias publicado em E-nigma : Revista electrónica de ficção científica e fantástico.
Memórias de um Medium é um romance anacrónico. Não tanto por esta edição vir devolver às livrarias uma obra obscura de um autor obscuro, publicada pela primeira vez em 1900 e escrita, pensa-se, em 1892, mas sim porque se trata de um exemplo típico da literatura do romantismo, cheia das suas qualidades e, principalmente, dos seus defeitos, escrito várias décadas depois do período romântico ter dado lugar ao realismo e naturalismo.
Escrito sob a forma de diário (e daí o subtítulo "Excertos de um diário"), Memórias de um Medium descreve as desventuras de um tal Germano, jovem advogado imbuído das teses racionalistas do fim do século XIX, que se vê atacado por uma catadupa de acontecimentos sobrenaturais que o vão forçar a reavaliar a sua visão do mundo e, mais tarde, acabam por atirá-lo para aquilo a que o autor chamaria, com toda a banalidade inerente, "as asas da morte". […]
A acreditar na informação prestada por António de Macedo na introdução que escreve para a obra, já habitual nesta sua colecção [Bibliotheca Phantastica, 2002], esta orientação propagandística não é em nada surpreendente. João da Rocha terá ganho, entre os membros do grupo de escritores em que se integrou (Alberto de Oliveira, António Nobre, Justino de Montalvão, Raul Brandão, D. João de Castro, Antero de Figueiredo, António Correia de Oliveira, Luís de Magalhães, etc.), as alcunhas de "Frei" e "Missionário do Ocultismo", o que leva a supor que lhe era inerente uma certa tendência para o proselitismo. Apesar disso, e ainda segundo Macedo, a primeira edição deste romance incluía um "longo, fastidioso e prolixo prefácio de 42 páginas [...] onde o autor, aceitando embora a «existência doutras inteligências perdidas no Universo», tenta explicar teórica e cientificamente os fenómenos ditos «espíritas», invocando [...] as leis das ciências então conhecidas: o magnetismo, a electricidade, a física, a bioquímica e a psico-fisiologia.".
(in http://e-nigma.com.pt/criticas/memoriasmedium.html)
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"Esperae um pouco: quero recordar-me. Tenho vivido tanto por dentro que do que é exterior - paisagens, physionomias, a natureza e os outros - raras vezes conservo uma lembrança nitida. E do meu amigo, do que nelle era apparente e externo quasi nada me lembro. De resto...
Encontram-se na vida figuras fugidias que passam crepuscularmente, perdidas entre neblinas, foragidas no sonho, e que nos fazem uma impressão singular, de Angelus soando dentro de nós, tremulos e plangentes... A gente fica ás vezes parada no caminho, a scismar, quando já a sombra as envolve. [...]
Esperae. A vida não é o que pensamos. Acaso sabemos alguma coisa? Ha tantos milhares de annos que a humanidade pisa o pó deste Planeta e ainda, todos os dias, homens extranhos estoiram de dor, incomprehendidos!"
(excerto do prólogo)
João Loureiro da Rocha Barbosa e Vasconcelos (1868-1921). “Nasceu em Viana do Castelo, em 1868. Estudou na Universidade de Coimbra, formando-se ali em Matemática e Filosofia. Iniciou a carreira das armas, mas abandonou-a. Tinha então o posto de Alferes. Dedicou depois a sua vida às letras. Foi poeta, historiador e crítico. Dirigiu a revista literária Límia (1910-1911), o jornal Folha de Viana (1911-1916) e deixou colaboração dispersa por outros periódicos. João da Rocha conviveu com grandes figuras da cultura portuguesa do seu tempo: Alberto de Oliveira (1873-1940), António Carneiro (11872-1930), Celso Herminio (1871-1904), José de Figueiredo (1872-1937), Justino de Montalvão (1872-1949), Júlio Brandão (1869-1947), António José de Almeida (1866-1929), António Nobre (1867-1900), Guerra Junqueiro (1850-1923), João de Barros (1881-1960), Raul Brandão (1867-1930), Júlio Dantas (1876-1962), Gomes Leal (1848-1921) e Ladislau Batalha (1856-1939). Publicou Nossa Senhora do Lar (poesias, 1900); Memórias de um Médium (1900); Angústias (contos, 1901); A Lenda de Sagres (1915) e a Lenda Infantista (1915).
Foi eleito deputado por Viana do Castelo para a IV Legislatura (1919-1921). Por isso, deixou o seu cargo de chefe interino da secretaria da Farmácia Central do Exército. Esteve na Comissão da Marinha (1919). Nessa altura tinha em preparação as obras História de Portugal, Os Descobrimentos Portugueses e a Expedição de 1501 para a História da Colonização Portuguesa no Brasil. Mas não teve tempo. Morreu em 1921.”

(in http://luisdantas.skyrock.com/2787574804-JOAO-LOUREIRO-DA-ROCHA-BARBOSA-E-VASCONCELOS.html)
Encadernação coeva em meia de pele com ferros gravados a ouro na lombada. Sem capas de brochura.
Exemplar em bom estado de conservação. Falta uma página(?), entre a f. anterrosto e a f. VII (início do prólogo) - folha que precede o anterrosto, ou erro de numeração? - é que, aparentemente, o livro encontra-se completo.
Raro.
Indisponível

12 outubro, 2015

DIAS JÚNIOR, José Lopes - EM REDOR DO SERVIÇO SOCIAL. (Duas conferências). Vila-Nova-de-Famalicão, Tipografia «Minerva», de Gaspar Pinto de Sousa & Irmão, 1932. In-4º (23,5cm) de 50 p. ; B.
1.ª edição.
Valorizada pela dedicatória autógrafa do autor ao Doutor Luís dos Santos Viegas.
Os primórdios da assistência social em Portugal. Conferências pronunciadas pelo autor a propósito da importância do Estado no desenvolvimento do Serviço Social baseado nos princípios da dignidade humana.
"É tão costume nosso cultivar o ódio e o rancor, está tão dentro dos nossos hábitos o desvario de criticar injustamente e de malsinar, tão longe nos tem levado a onda de paixões sectárias que, na verdade, chegamos a um momento em que é preciso tocar a unir para as almas desinteressadas e ansiosas do Serviço Social, sêja qual for a modalidade em que se informe.
Estamos no século da Assistência!
Por todo o mundo civilizado corre um frémito de solidariedade pelo nosso irmão doente e desamparado, pela criancinha orfã de pais ou de carinhos, pelo ignorante, pelo sem-trabalho, , por todo o infeliz, pelo próprio degenerado e criminoso, irresponsável nas suas taras e distrofias! [...]
Ao conjunto dos meios destinados a remediar os males sociais chamamos nós assistência."
(excerto da conferência proferida em Castelo Branco)
Conferências:
Em redor do Serviço Social. Conferência popular, proferida no Teatro da Covilhã, a Convite da Associação Mutualista Covilhanense, no dia 24 de Abril de 1932.
Breves considerações sôbre Assistência em Castelo Branco. Palestra proferida numa festa de Caridade em benefício do Instituto do Cancro e de um pavilhão hospitalar para tuberculosos em Castelo Branco, realizada no Cine-Teatro desta cidade, na noite de 3 de Novembro de 1931.
José Lopes Dias Júnior (1900-1976). "Nasceu a 5 de maio de 1900, em Vale do Lobo, atualmente Vale da Senhora da Póvoa, concelho de Penamacor. José Lopes Dias Júnior foi médico e escritor. Formado em Medicina pela Universidade de Coimbra em 1923, frequentou os hospitais de Paris durante todo o ano de 1925. realizou viagens de estudo a Espanha em 1923 e 1928 e à Itália em 1931. Seguiu cursos de radiologia e clínica geral no Hotel Dieu e na Charité, em Paris. Participou em muitos congressos nacionais e internacionais, especialmente de Pediatria, Proteção à Infância e de História das Ciências, designadamente de Medicina. Fundou, com apoio da Junta Geral do Distrito de Castelo Branco, em 1930, o Dispensário de Puericultura de Castelo Branco e as colónias marítimas de crianças, na praia da Nazaré. Foi médico em Penamacor durante três anos e depois em Castelo Branco, onde foi diretor do Dispensário de Puericultura e médico escolar no liceu de Nuno Álvares. Colaborou em diversos jornais e revistas como: Diário de Lisboa, Século, Diário de Notícias, Saúde Escolar, Acção Médica, Jornal Médico, etc. Foi redator do jornal Mocidade, entre 1916 e 1918, quando ainda era estudante, e na Acção Regional, de Castelo Branco, desde 1928. Consagrou-se como médico aos estudos referentes à Medicina Social e à História de Medicina em Portugal. Como médico escolar, encontra-se na revista Saúde Escolar, desde 1936. Foi assíduo colaborador em estudos de higiene das escolas primárias, dos liceus e universidades. Em 1946, juntamente com Firmino Costa preparam a tradução de Sete centúrias de curas médicas do Dr. João Rodrigues de Castelo Branco, vulgarmente conhecido por Amato Lusitano. Neste mesmo ano foi publicada a Primeira centúria."
(Fonte: Grande enciclopédia portuguesa e brasileira, vol. XV, pp. 448)

Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Muito invulgar.
10€

11 outubro, 2015

ALMEIDA, Manuel Faria de - CINEMA DOCUMENTAL. História, estética e técnica cinematográfica. [Porto], Edições Afrontamento, 1982. In-4º (24cm) de 156, [4] p. ; mto il. ; B.
1.ª edição.
Interessante monografia sobre cinema documentário.
Matérias:
1 - Os meios de cultura. 2 - O documentário nasceu com o cinema. 3 - O documentário na história do cinema. 4 - O desenho animado. 5 - A informação pela imagem. 6 - A linguagem do cinema. 7 - Câmaras de Super 8. e de 16 mm. 8 - Noções gerais de fotografia. 9 - Composição. 10 - A planificação. Da ideia à pesquisa e ao guião. 11 - As fases pré-produção, filmagem e pós-produção. 12 - A sonorização e montagem. 13 - Glossário.
Manuel Faria de Almeida (n. 1934). "Foi autor do filme que mais cortes sofreu na história do cinema. Ainda o filme Catembe não tinha começado a ser rodado e já o seu destino estava traçado. Apesar do apoio financeiro do SNI, conseguido pelas Produções Cunha Telles, o filme foi censurado, remontado e, finalmente, proibido durante o Estado Novo. Os 103 cortes a que foi sujeito fizeram-no entrar no Guiness Book of Records na categoria de filme com mais cortes feitos pela censura na história do cinema. Manuel Faria de Almeida nunca mais fez nenhum filme, embora tenha realizado diversos documentários. Foi membro fundador do Cine Clube de Lourenço Marques em 1957. Mais tarde, contou com o apoio do Fundo do Cinema Nacional para estudar cinema na London School of Film Technique e ganhou o primeiro prémio do Festival Cinestud de Amesterdão, com o filme feito durante o curso, Streets of Early Sorrow, inspirado no massacre de Sharpeville na Africa do Sul. Estagiou em França, no IDHEC (Instituto de Altos Estudos Cinematográficos) e trabalhou nos arquivos da Cinemateca. Foi presidente da Tobis Portuguesa e do Instituto Português de Cinema, chefiou o Centro de Formação da RTP – Radiotelevisão Portuguesa e participou na criação da Televisão de Macau. Trabalhou ainda no lançamento da Europa TV e da RTP Internacional e passou pela Direcção de Programas e Direcção de Cooperação. Tem várias obras sobre a história do cinema e sobre realização."
(in http://www.prof2000.pt/users/secjeste/recortes/cinema/FariAlmei01.htm)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Pouco vulgar.
Indisponível