18 abril, 2017

NINY, Henrique Jorge - INQUÉRITO HABITACIONAL. Organizado pela Direcção Geral de Saúde Pública - Inspecção de Sanidade Terrestre - em colaboração com o Instituto Nacional de Estatística. Estudo crítico por... Inspector-adjunto. Lisboa, Ministério do Interior, 1941. In-4.º (25,5cm) de 302, [2] p. ; [14] f. desdob. ; il. ; B.
1.ª edição.
Importante estudo levado a cabo em Lisboa, incidindo com algum pormenor em quatro freguesias: Santos, Camões, Belém e Arroios.
Ilustrado no texto com quadros, tabelas, plantas e fotografias a p.b., muitas delas em página inteira, e em separado, com 14 mapas em folhas desdobráveis.
"Foi da escolha do Ex.mo Director Geral a terra em que se realizou o trabalho, a cidade de Lisboa, e dentro desta cidade, de enorme área, a escôlha das zonas a que êle se limitaria, uma vez que for falta de verbas e de pessoal seria impossível que êle fosse completo. Pensou S. Ex.ª que essas áreas deviam ser formadas por freguesias, e designou quatro, duas na parte central e duas na parte periférica da cidade, cada grupo formado por uma freguesia muito antiga e outra de desenvolvimento relativamente moderno. Foram, e respectivamente, Santos e Camões, e Belém e Arroios. [...]
Pareceu-nos sempre que se devia limitar a investigação ao que desde logo se reconhecesse possível verificar em cada habitação, em cada fogo, qualquer que fôsse a condição social da família."
(excerto do preâmbulo, Algumas palavras...)
"As aglomerações urbanas - como a vida humana - têm um desenvolvimento natural que necessita de ser vigiado. Não basta que as suas casas tenham um belo aspecto estético, não chega que as suas ruas, irrepreensìvelmente simétricas ou quebradas com curvas harmoniosas, deixem antever soberbas perspectivas, torna-se necessário que o seu médico-sanitarista lhe proporcione tôdas as condições de salubridade indispensáveis á vida e ao bem estar dos seus habitantes. [...]
As cidades, no seu crescimento progressivo, apresentam à dobadoira do tempo, problemas sempre novos e complexo de demandam, como na medicina, e cada vez mais, uma especialização mais profunda. A civilização com seu frenético dinamismo traz, constantemente, novas concepções e idéias de tal variedade e mutabilidade que a sua aplicação exige a conjugação dos conhecimentos dos vários ramos da higiene pública.
Como os homens, as urbes definham-se e adoecem e a terapêutica não deve restar apenas sintomática, tem de ir às origens para debelar o mal e tem ainda de marcar a profilaxia para que, no futuro, o morbo não reapareça. O aglomerado não vive só uma geração, tem de perdurar robusto, firme, acolhedor, para albergar sucessivas gerações, e para bem desempenhar esta missão hospitaleira o seu meio tem de ser saüdável. É então que a salubridade dita as suas leis, marcando as directrizes da habitação quanto à sua implantação, orientação, materiais de construção, disposição de compartimentos, iluminação, ventilação, instalações sanitárias, etc., proporcionado, enfim, casa salubre."
(excerto da introdução)
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capa rasgada na diagonal, conservando o pedaço para posterior restauro.
Raro.
A BNP possui apenas um exemplar registado na sua base de dados.
Com interesse urbanístico.
30€

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